O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu perdão presidencial ao seu filho Hunter Biden, que enfrentaria sentenças por crimes com armas de fogo e condenações fiscais este mês. As audiências estavam programadas para 12 e 16 de dezembro, respectivamente.
"Hoje, assinei um perdão para o meu filho Hunter", afirmou o presidente em uma declaração.
A concessão executiva de clemência aponta que Hunter recebeu "perdão total e incondicional". Assim, ele não será sentenciado por seus crimes e nem poderá ser enviado para a prisão, o que era uma possibilidade.
O perdão não poderá ser revogado pelo próximo presidente, Donald Trump.
No comunicado, Biden disse que concedeu clemência porque o filho foi "processado seletiva e injustamente" e que "Hunter foi tratado de forma diferente" de outras pessoas que cometeram os mesmos crimes.
Promessa quebrada
Joe Biden prometeu repetidamente que não perdoaria o filho Hunter, antes e depois de abandonar a corrida presidencial de 2024.
Após a vitória de Trump no pleito, o presidente e seu porta-voz reforçaram que Biden não tinha a intenção de perdoar o filho, e nem de comutar sua sentença.
Hunter foi condenado em junho por comprar uma arma ilegalmente e se declarou culpado em setembro de nove infrações fiscais, devido à sonegação de US$ 1,4 milhão em impostos gastos com acompanhantes, strippers, carros e drogas.