VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Uma mulher é assassinada a cada 10 minutos no mundo, diz ONU

Relatório confirma que a violência contra mulheres continua generalizada. O crime transcende fronteiras, condições socioeconômicas e grupos etários

A África registra as taxas mais elevadas de feminicídio, com 21,7 mil vítimas, seguida pelas Américas e pela Oceania -  (crédito: Arquivo/Agência Brasil)
A África registra as taxas mais elevadas de feminicídio, com 21,7 mil vítimas, seguida pelas Américas e pela Oceania - (crédito: Arquivo/Agência Brasil)

Todos os dias, 140 mulheres e meninas são mortas por seus parceiros íntimos ou familiares, o que equivale a uma vítima a cada 10 minutos em todo mundo. A estimativa faz parte do relatório “Feminicídios em 2023”, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), nesta segunda-feira (25/11), Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Segundo a ONU, o relatório confirma que a violência contra mulheres continua generalizada. "O crime transcende fronteiras, condições socioeconômicas e grupos etários”, diz.

A África registra as taxas mais elevadas de feminicídio, com 21,7 mil vítimas, seguida pelas Américas e pela Oceania. Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres mortas foi vítima de companheiros, com 64% e 58%, respectivamente. Em outras regiões, os familiares foram os principais agressores.

A diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, pediu uma “cultura de tolerância zero” e aumento do financiamento para organizações e órgãos que defendem os direitos das mulheres. Para ela, os líderes mundiais devem agir com urgência, renovando compromissos e canalizando recursos para “acabar com esta crise de uma vez por todas".

Em mensagem sobre o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que “a epidemia de violência contra mulheres e meninas envergonha a humanidade”.

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De acordo com ele, “a situação está piorando”, pois crises ligadas a conflitos, clima e fome agravaram as desigualdades. Ele destacou que a violência sexual está sendo “usada como arma de guerra” e que mulheres e meninas enfrentam uma “enxurrada de misoginia online”.

Esta segunda também marca o início da Campanha “16 Dias de Ativismo” deste ano, que contribui para cobrar medidas de proteção à vida das mulheres. No Brasil, o Ministério das Mulheres lançou, na última quarta-feira (20/11), a campanha "21 dias de ativismo". A ação vai até o dia 10 de dezembro.

postado em 25/11/2024 11:54 / atualizado em 25/11/2024 11:54
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