ARMAS

Israel denuncia 'maldade' da Turquia por pedir embargo de armas

"O que se pode esperar de um país cujas ações são impulsionadas pela maldade para criar conflitos com o apoio de países do eixo do mal?", declarou Danny Danon

 Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu speaks during the 79th Session of the United Nations General Assembly at the United Nations headquarters in New York City on September 27, 2024. Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu said at the UN Friday that operations against Hezbollah will continue, dampening hopes of a 21-day truce proposed by France and the United States this week. (Photo by Charly TRIBALLEAU / AFP)
       -  (crédito:  AFP)
Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu speaks during the 79th Session of the United Nations General Assembly at the United Nations headquarters in New York City on September 27, 2024. Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu said at the UN Friday that operations against Hezbollah will continue, dampening hopes of a 21-day truce proposed by France and the United States this week. (Photo by Charly TRIBALLEAU / AFP) - (crédito: AFP)

O embaixador israelense na ONU denunciou nesta segunda-feira (4) a "maldade" da Turquia, que enviou à organização uma carta assinada por cerca de cinquenta países pedindo a suspensão da venda de armas a Israel devido à guerra em Gaza.

"O que se pode esperar de um país cujas ações são impulsionadas pela maldade para criar conflitos com o apoio de países do eixo do mal?", declarou Danny Danon em um comunicado, referindo-se aos países árabes que apoiaram a iniciativa turca.

Essa carta é "mais uma prova ridícula do eixo do mal contra Israel no cenário internacional", acrescentou, criticando a ONU, "que é dirigida por alguns países sinistros e não pelos países liberais que apoiam os valores de justiça e moralidade".

"Continuaremos a lutar pelos interesses do Estado de Israel contra qualquer ataque político e militar", afirmou.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, anunciou no domingo que enviou uma carta à ONU solicitando o fim do envio de armas a Israel. O documento foi assinado por 52 países, incluindo Arábia Saudita, Brasil, Argélia, China, Irã e Rússia.

Na carta, à qual a AFP teve acesso, os signatários pedem "medidas imediatas e coletivas para suspender o fornecimento ou envio de armas, munições e equipamentos para Israel, a força ocupante, em todos os casos onde haja elementos razoáveis de suspeita de que possam ser utilizados nos territórios palestinos ocupados".

Embora a carta tenha sido dirigida ao secretário-geral da ONU, ao presidente da Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança, o texto destaca especialmente "a responsabilidade" deste último.

Questionado sobre a carta, o porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que não a leu, mas enfatizou que "se a carta insta os estados-membros a fazer algo, são os estados-membros que devem agir".

postado em 04/11/2024 23:29
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