O empresário indiano Ratan Tata morreu aos 86 anos no começo deste mês. O milionário, com fortuna estimada em R$ 673,5 milhões, não era casado, não teve filhos e optou por deixar toda sua grana para seu cachorro Goa, cozinheiros e mordomos.
O assistente Konar Subbiah e o chef Rajan Shaw terão de garantir ‘cuidados ilimitados’ para o cão, como foi exigido pelo empresário em seu último pedido. Os irmãos de Tata também ganharam uma pequena fração do dinheiro.
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Herança chamou atenção
O ato oficial de deixar um animal de estimação entre os herdeiros é considerado raro na Índia, informou a imprensa local, o que causa espanto na população. O cachorro chegou a ser alvo de fake news, que indicaram sua suposta morte há cerca de uma semana após o falecimento de seu tutor. Porém, os veículos midiáticos indianos desmentiram o boato.
Um amigo de Tata, ao The Times, comentou que o “testamento não é uma declaração de riqueza, mas um gesto de gratidão pela alegria e cuidado” que ele recebeu de seu animal e dois funcionários mais próximos. O empresário ainda pediu aos seguranças que permitissem a entrada de todo e qualquer cachorro que tentasse passar o portão de suas propriedades.
Em seu funeral, o empresário foi homenageado por populares e pessoas ilustres, como o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o CEO do Google, Sundar Pichai. Goa também teve oportunidade de se despedir de Tata.
Conheça empresário que deixou fortuna para cão
Ratan Tata se juntou ao Tata Group em 1961, se tornando presidente após a aposentadoria de seu tio J.R.D., em 1991. Sob sua liderança, o conglomerado cresceu significativamente, chegando à comanda cerca de 100 empresas, incluindo a Tata Motors, maior fabricante de veículos do país.
Em junho de 2008, Ratan comprou a Jaguar e a Land Rover da Ford por US$ 2,3 bilhões. No ano seguinte, sua empresa lançou o Tata Nano, carro compacto de motor traseiro que custava cerca de 100 mil rúpias (R$ 11,4 mil na época).
Ratan também era conhecido pelo seu trabalho filantrópico feito pela Tata Tust - maior organização filantrópica da Índia. A empresa atuava em múltiplas áreas, como saúde, reabilitação de desastres e educação.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata
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