PREMIAÇÃO

Nobel de Física vai para cientistas que estudaram inteligência artificial

Os cientistas premiados conduziram o trabalho com redes neurais artificiais a partir da década de 1980, e vão dividir o prêmio de cerca de R$ 5,8 milhões

O Prêmio Nobel de Física deste ano foi para os cientistas John Hopfield e Geoffrey Hinton. Ambos são responsáveis por descobertas e invenções fundamentais que permitem o aprendizado de máquina com redes neurais artificiais. O anúncio da premiação foi feito nesta terça-feira (8/10).

John criou uma memória associativa que pode armazenar e reconstruir imagens e outros tipos de padrões em dados, enquanto Geoffrey inventou um método que pode encontrar propriedades em dados de forma autônoma e, assim, executar tarefas como identificar elementos específicos em imagens.

"Quando falamos sobre inteligência artificial, geralmente queremos dizer aprendizado de máquina usando redes neurais artificiais. Essa tecnologia foi originalmente inspirada pela estrutura do cérebro. Em uma rede neural artificial, os neurônios do cérebro são representados por nós que têm valores diferentes", explica o comunicado do site oficial do Prêmio Nobel.

"Esses nós influenciam uns aos outros por meio de conexões que podem ser comparadas a sinapses e que podem ser fortalecidas ou enfraquecidas. A rede é treinada , por exemplo, desenvolvendo conexões mais fortes entre nós com valores simultaneamente altos", ac rescenta.

Os cientistas premiados conduziram o trabalho com redes neurais artificiais a partir da década de 1980. John e Geoffrey vão dividir o prêmio 11 milhões de coroas suecas, que corresponde a cerca de R$ 5,8 milhões.

“O trabalho dos laureados já foi do maior benefício. Na física, usamos redes neurais artificiais em uma vasta gama de áreas, como o desenvolvimento de novos materiais com propriedades específicas”, diz Ellen Moons, presidente do Comitê Nobel de Física.

 (que corresponde a cerca de R$ 5,8 milhões)

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