As Forças de Defesa de Israel lançaram um novo ataque aéreo contra Beirute na noite desta quarta-feira (2/10). O Ministério de Saúde do Líbano apontou que 46 pessoas morreram e 85 ficaram feridas nas últimas 24 horas em razão dos bombardeios israelenses em várias regiões do território libanês.
Foram três ataques realizados antes da meia-noite desta quarta-feira (horário local) na capital do Líbano. Os ataques atingiram as regiões sul e central da cidade.
Paralelamente, outro bombardeio israelense em Damasco deixou três mortos, entre eles Hassan Jaafar al-Qasir, genro de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah morto na semana passada em Beirute. As informações são do Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Al-Qasir era irmão de Jafar al-Qasir, responsável por realizar o transporte de armas do Irã para o Líbano. Israel anunciou ter matado ele também, em um bombardeio na periferia de Beirute.
Pelo menos mil pessoas morreram por conta de bombardeios no Líbano nas duas últimas semanas. Mulheres e crianças estão na estatística, de acordo com o Ministério da Saúde do país.
Na terça-feira (1º/10), Israel anunciou o início de "operações terrestres limitadas" no sul do Líbano, com objetivo de "destruir a infraestrutura do Hezbollah". O exército israelense solicitou que os civis libaneses abandonem imediatamente o sul do país.
Os bombardeios ocorreram no dia seguinte ao ataque do Irã a Israel, em resposta às mortes de líderes do Hezbollah e do Hamas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o ação iraniana como um "grande erro" e disse que a nação rival vai "pagar" pelo ato.
Ataque iraniano
O exército israelense afirmou que 180 mísseis foram lançados pelo Irã ao espaço aéreo do país, número confirmado por uma autoridade israelense à Agência France-Presse (AFP). O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, afirmou que o ataque "terá consequências", e acrescentou que o Irã e aliados "buscam a destruição de Israel". Segundo Hagari, a intenção do ataque iraniano era "matar milhares de civis".
Segundo o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, o ataque foi “ineficaz" graças ao apoio ativo dos Estados Unidos e outros aliados a Israel. Um palestino morreu na cidade de Jericó por fragmentos de um míssil derrubado durante o ataque.
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A guarda iraniana ameaçou Israel e disse que "se o regime sionista reagir às operações iranianas, enfrentará ataques devastadores". O comunicado foi divulgado pela agência de notícias Fars.
Após o ataque, os Estados Unidos declararam apoio total a Israel, conforme declarou Joe Biden a jornalistas na Casa Branca. O presidente disse conversar ativamente com os israelenses sobre uma resposta ao Irã.