A polícia boliviana anunciou nesta sexta-feira (11) a captura do pai da vítima do suposto estupro pelo qual o ex-presidente Evo Morales é investigado criminalmente e que pode levar à sua prisão.
O comandante da instituição, Álvaro Álvarez, destacou que o homem foi detido na quinta-feira depois de não comparecer perante o Ministério Público que o convocou, junto com Morales e a mãe da então menor, para depor.
"A prisão" de um dos "investigados (que é) o pai" da vítima foi efetivada, disse Álvarez.
Os pais são citados em uma investigação realizada pelo Ministério Público contra Morales por "estupro, contrabando e tráfico de pessoas".
O escândalo remonta à época em que o líder cocaleiro era presidente, em 2015. Morales teria se envolvido com uma menor de 15 anos, com quem teria tido uma filha em 2016, segundo a denúncia que está sendo investigada pelo Ministério Público.
A defesa do ex-presidente, primeiro indígena a governar a Bolívia entre 2006 e 2019, alega que o caso já foi analisado e arquivado pela Justiça em 2020.
O novo processo foi aberto pela promotora do departamento de Tarija, Sandra Gutiérrez.
A funcionária ordenou a prisão de Morales em 26 de setembro, mas a ordem foi anulada poucos dias depois por um juiz que aceitou o recurso.
Nem Morales nem os pais da suposta vítima atenderam à citação da MP, o que deixou em aberto a possibilidade de o ex-governante ser detido para responder pela acusação.
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