PREMIAÇÃO

Nobel de Literatura vai para escritora sul-coreana Han Kang

A autora de 53 anos, que escreve poemas e romances, foi premiada pela "intensa prosa poética, que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana"

Han Kang nasceu em 1970 na cidade sul-coreana de Gwangju -  (crédito: YONHAP / AFP)
Han Kang nasceu em 1970 na cidade sul-coreana de Gwangju - (crédito: YONHAP / AFP)

A escritora sul-coreana Han Kang ganhou, nesta quinta-feira (10/10), o Prêmio Nobel da Literatura deste ano. A autora de 53 anos, que escreve poemas e romances, foi premiada pela "intensa prosa poética, que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana".

Han Kang nasceu em 1970 na cidade sul-coreana de Gwangju. Aos nove anos ela se mudou com a família para a capital Seul. Junto com a escrita, ela também se dedicou à arte e à música.

O grande sucesso internacional de Han Kang veio com o romance The Vegetarian, de 2007. Escrito em três partes, o livro retrata as consequências que ocorrem quando a protagonista Yeong-hye se recusa a se submeter às normas de ingestão alimentar. A decisão de não comer carne é recebida com várias reações totalmente diferentes. 

O comportamento da protagonista é rejeitado pelo marido e pelo pai autoritário, e ela é explorada eroticamente e esteticamente pelo cunhado. Além disso, a personagem é internada em uma clínica psiquiátrica, onde a irmã tenta resgatá-la e trazê-la de volta. No entanto, Yeong-hye afunda cada vez mais em uma condição semelhante à psicose.

Uma cópia de "The Vegetarian" em francês, da autora sul-coreana Han Kang, está em exibição depois que ela foi anunciada como ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura de 2024
Uma cópia de "The Vegetarian" em francês, da autora sul-coreana Han Kang, está em exibição depois que ela foi anunciada como ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura de 2024 (foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP)

"Em sua obra, Han Kang confronta traumas históricos e conjuntos invisíveis de regras e, em cada uma de suas obras, expõe a fragilidade da vida humana. Ela tem uma consciência única das conexões entre corpo e alma, os vivos e os mortos, e em seu estilo poético e experimental tornou-se uma inovadora na prosa contemporânea", diz Anders Olsson, presidente do Comitê Nobel.

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postado em 10/10/2024 09:11 / atualizado em 10/10/2024 10:41
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