TRAGÉDIA

Marinheiro no iate naufragado na Sicília deu o alarme na noite do acidente

Os procuradores da ilha italiana investigam possíveis crimes de naufrágio negligente e homicídio culposo, após o naufrágio do iate "Bayesian" em 19 de agosto

O marinheiro que estava de guarda na noite em que o iate do magnata britânico Mike Lynch virou na Sicília, há duas semanas, provocando sete mortos, deu o alarme e acordou o capitão, informou a imprensa italiana neste domingo (1º/9).

"Monitorei as condições meteorológicas durante toda a noite, principalmente o vento que chegou aos 20 nós [cerca de 40 km/h]. Depois acordei imediatamente o capitão, que assumiu o comando das operações e deu ordem para acordar todos os outros", afirmou Matthew Griffith, segundo a agência Ansa e vários jornais, que não citam a fonte. 

Os procuradores da ilha italiana investigam possíveis crimes de naufrágio negligente e homicídio culposo, após o naufrágio do iate "Bayesian" depois da passagem de uma tromba d'água na madrugada de 19 de agosto, que provocou a morte de Mike Lynch e outras seis pessoas.

O capitão James Cutfield, um cidadão neozelandês que está entre os 15 sobreviventes – nove membros da tripulação de dez e seis passageiros de doze – está sendo investigado, assim como o mecânico Tim Parker Eaton, encarregado da sala de máquinas na noite do acidente, e o marinheiro Matthew Griffith, que estava de guarda. 

Cutfield confirmou que o marinheiro o acordou e que deu ordem "para informar os demais porque [ele] não gostou da situação", segundo o jornal Corriere della Sera. 

Mike Lynch, de 59 anos, empresário bilionário, celebrava com amigos, colaboradores e advogados a sua absolvição, em junho, em um julgamento por fraude nos Estados Unidos que poderia ter lhe custado anos de prisão. 

O iate de 56 metros de comprimento afundou em questão de minutos depois que uma tromba d'água atingiu cerca de 700 metros do porto de Porticello, perto de Palermo.

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