Em meio à escalada de tensões no Oriente Médio, Israel informou nesta segunda-feira (30/9) aos Estados Unidos que pretende lançar uma incursão terrestre no Líbano, de acordo com uma autoridade americana.
A autoridade, falando com a parceira americana da BBC, CBS, disse que a operação poderia começar ainda nesta segunda.
Por outro lado, o vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, disse mais cedo que o grupo estava pronto para uma ofensiva terrestre, algo que Israel vem insinuando há dias. Foi o primeiro discurso de uma autoridade de alto escalão desde que Israel matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na sexta-feira (27/9), acirrando ainda mais o conflito.
O ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, disse às tropas perto da fronteira libanesa que estão preparadas para usar forças "do ar, mar e terra".
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À imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, disse que deixará Israel falar sobre suas operações militares, acrescentando que "estamos envolvidos em conversas" com Israel sobre suas operações.
Ele confirma, no entanto, que o foco dos esforços diplomáticos é em um cessar-fogo de 21 dias, algo defendido pelo presidente Joe Biden.
Em uma entrevista coletiva em Washington o presidente foi questionado se ele estava ciente e confortável com o plano de Israel de lançar uma "operação limitada no Líbano".
Biden respondeu: "Estou mais ciente do que você pode imaginar e estou certo de que vão parar."
Ele acrescentou: "Deveria haver um cessar-fogo agora."
No sábado, Israel anunciou ter matado outras 20 lideranças em novos ataques realizados no fim de semana.
Segundo a NNA, agência de notícias estatal do Líbano, mais de 36.000 sírios e 41.300 libaneses cruzaram a fronteira para o território sírio entre 23 de setembro e domingo (29/9) diante da violência.
O conflito começou quando o Hezbollah lançou ataques transfronteiriços contra Israel, um dia após os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro.
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