Estados Unidos

Furacão Helene causa ao menos 100 mortes ao passar pelos EUA

Os cientistas argumentam que a mudança climática provavelmente desempenha um papel na rápida intensificação dos furacões, porque há mais energia nos oceanos mais quentes para que se abasteçam

Pelo menos 100 pessoas morreram: 39 na Carolina do Norte, 25 na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 14 na Florida, quatro no Tennessee e uma na Virgínia -  (crédito: Sean Rayford / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
Pelo menos 100 pessoas morreram: 39 na Carolina do Norte, 25 na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 14 na Florida, quatro no Tennessee e uma na Virgínia - (crédito: Sean Rayford / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

O número de mortos pelo furacão Helene aumentou para ao menos 100, anunciaram nesta segunda-feira (30) as autoridades, enquanto a resposta do governo de Joe Biden à catástrofe que assola o sudeste dos Estados Unidos entra na campanha eleitoral.

Biden, que aprovou ajuda federal para vários estados após o desastre, planeja viajar esta semana para as áreas mais afetadas. 

"Contando com que não atrapalhe as operações de resposta a emergências", disse a Casa Branca, acrescentando que a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, faria o mesmo. 

Nesta segunda-feira, o republicano Donald Trump visitará Valdosta, na Geórgia, o local onde houve a maior destruição devido às enchentes e também um estado-chave nas eleições acirradas que serão realizadas dentro de apenas cinco semanas. 

Enquanto isso, Harris cancelou eventos de campanha para retornar a Washington, onde receberá informações sobre a resposta federal.

"Concentrados em salvar vidas"

O governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, disse nesta segunda-feira que centenas de estradas foram destruídas e muitas comunidades "apagadas do mapa".

"Esta é uma tempestade sem precedentes", disse Cooper aos repórteres. "Estamos trabalhando para aumentar a oferta. O desgaste emocional e físico aqui é indescritível. Os rios continuam a subir, então o perigo não cessou".

Cooper afirmou que o plano de reconstrução de longo prazo teria que levar em conta a realidade das condições climáticas mais extremas. No entanto, advertiu: "Neste momento, estamos nos concentrando em salvar vidas e levar suprimentos às pessoas que precisam desesperadamente".

Os cientistas argumentam que a mudança climática provavelmente desempenha um papel na rápida intensificação dos furacões, porque há mais energia nos oceanos mais quentes para que se abasteçam.

Pelo menos 100 pessoas morreram: 39 na Carolina do Norte, 25 na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 14 na Florida, quatro no Tennessee e uma na Virgínia, segundo contagens das autoridades locais compiladas pela AFP. Espera-se que o número total aumente. 

Ventos fortes e chuvas torrenciais deixaram algumas cidades em ruínas e estradas inundadas.

Quase dois milhões de residências e empresas permaneceram sem energia nesta segunda-feira, de acordo com poweroutage.us. 

Helene atingiu a costa na tarde de quinta-feira perto de Tallahassee, capital da Flórida, como um furacão de categoria 4 – em uma escala de 5 – com ventos de 225 km/h. Posteriormente, foi rebaixado a ciclone pós-tropical, mas deixou para trás uma paisagem desoladora.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 30/09/2024 14:12
x