ESTADOS UNIDOS

Furacão Helene deixa ao menos 91 mortos nos EUA

Furacão atingiu pelo menos seis estados e deixou mais de 2 milhões de pessoas sem energia elétrica

 This image obtained from the National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) shows Hurricane Helene on September 26, 2024, at 11:51 UTC. An increasingly powerful hurricane threatening
This image obtained from the National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) shows Hurricane Helene on September 26, 2024, at 11:51 UTC. An increasingly powerful hurricane threatening "catastrophic," dangerous storm surges and flooding was forecast to hit Florida's Gulf coast on September 26, as thousands of residents evacuated towns along the US state's shoreline. Helene strengthened into a hurricane mid-morning September 25 in the Gulf of Mexico and is "expected to bring life-threatening storm surge, damaging winds, and flooding rains to a large portion of Florida and the Southeastern United States," the National Hurricane Center in Miami said in its latest bulletin. (Photo by Handout / NOAA/GOES / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / NOAA/GOES" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS - (crédito: AFP)

O saldo do devastador furacão Helene nos Estados Unidos subiu neste domingo (29) para pelo menos 91 mortos, com 30 deles em um único condado na Carolina do Norte, segundo as autoridades, enquanto socorristas tentavam resgatar mais pessoas em vários estados do sudeste do país.

A tempestade causou estragos em áreas da Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Virgínia e Tennessee, com fortes ventos e chuvas torrenciais, que deixaram cidades em ruínas, estradas inundadas e milhões sem eletricidade.

Pelo menos 91 pessoas morreram por causa do fenômeno: 37 na Carolina do Norte, 25 na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 11 na Flórida e uma na Virgínia, de acordo com relatos de autoridades e meios locais.

Só no condado de Buncombe, na Carolina do Norte, há 30 mortos confirmados, disse o xerife Quentin Miller. "Ainda estamos conduzindo operações de busca, que também podem incluir operações de recuperação", acrescentou.

A tempestade causou o fechamento de centenas de estradas e o colapso de pontes com as inundações. 

"Estamos ouvindo sobre danos significativos às infraestruturas de abastecimento de água, comunicações, estradas, rotas essenciais, além de várias casas destruídas", afirmou Deanne Criswell, administradora da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema).

"Vai ser uma recuperação realmente complicada em cada um dos cinco estados que sofreram os impactos", declarou ao canal CBS.

Diante da situação, o presidente Joe Biden visitará esta semana as áreas mais afetadas pela passagem do poderoso furacão, informou a Casa Branca.

- Milhões sem eletricidade -

Quase 2,5 milhões de clientes continuavam sem eletricidade neste domingo, segundo o site de monitoramento PowerOutage.us.

Matt Targuagno, do Departamento de Energia dos EUA, afirmou que as equipes estão trabalhando para restabelecer a eletricidade, mas alertou sobre "uma resposta complexa, de vários dias".

Neste domingo, três alertas de inundações repentinas continuavam ativos no oeste da Carolina do Norte devido ao risco de ruptura de represas, informou o diretor do Serviço Meteorológico Nacional (NWS), Ken Graham.

O funcionário acrescentou que se espera que o tempo melhore nas áreas afetadas até terça-feira.

Milhares de pessoas seguiam buscando refúgio nos abrigos da Cruz Vermelha, apontou a responsável Jennifer Pipa.

- Suprimentos pelo ar -

Helene tocou terra na quinta-feira à tarde perto de Tallahassee, capital da Flórida, como um furacão de categoria 4 em uma escala de 5, com ventos de 225 km/h, e se rebaixou para ciclone pós-tropical, causando intensas inundações.

Algumas das áreas mais afetadas estão na Carolina do Norte, onde os socorristas foram obrigados a enviar suprimentos por via aérea em algumas regiões, informou neste domingo o governador Roy Cooper.

"Como é muito difícil acessar com caminhões por terra, ontem começamos a transportar suprimentos para a região, incluindo alimentos e água", detalhou.

O diretor do departamento de gestão de emergências do estado, William Ray, advertiu que as condições eram extremamente perigosas.

Pelo menos quatro rodovias interestaduais permaneciam fechadas na Carolina do Norte e no Tennessee, segundo o Departamento de Transporte. E os estados da Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul tiveram que fechar mais de 100 estradas cada um.

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postado em 29/09/2024 21:58
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