Seis prédios completamente destruídos, um quarteirão arrasado e uma dúvida: o xeque Hassan Nasrallah, secretário-geral do movimento xiita Hezbollah, está morto? As autoridades militares israelenses tentam confirmar o paradeiro do homem que controla a milícia desde 1992 e estimam que o bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio sul de Beirute, matou pelo menos 300 pessoas. Caso o número seja confirmado, a total de mortos na guerra lançada por Israel contra o Hezbollah chegaria a mil em cinco dias.
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"Foi a explosão mais forte que sentimos. O nosso prédio tremeu", contou ao Correio a farmacêutica paranaense Sara Ali Melhem, 30 anos, que fugiu do sul do Líbano e se abrigou em Bmikin, cidade em uma região montanhosa de onde se tem uma visão panorâmica de Beirute. "Eles jogaram pelo menos dez bombas", acrescentou. O ataque aéreo ocorreu por volta de 12h30 (18h30 em Brasília) e representa uma escalada perigosa no Oriente Médio.
O Exército libanês foi designado para garantir a segurança da Embaixada dos Estados Unidos, em Beirute. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, advertiu que os EUA usarão todos os meios possíveis, caso seus interesses no Oriente Médio sejam atacados. O Irã, por sua vez, não comentou uma provável morte de Nasrallah, mas acusou Israel de ultrapassar uma linha vermelha, advertiu que "as regras do jogo mudaram" e assegurou que "todos os mártires" no bombardeio de hoje serão "substituídos".
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