Várias pessoas foram presas na Suíça após a primeira morte assistida por meio do dispositivo Sarco (de Sárcófago) ter ocorrido na segunda-feira (23/9). Conhecida como 'cápsula' de suicídio, a Sarco foi desenvolvida pela The Last Resort, uma associação criada por um coletivo internacional de defensores dos direitos humanos que tem como objetivo diversificar o processo de morte assistida na Suíça.
No país, o método é permitido sob condições muito específicas e a nova cápsula não estaria entre eles.
- Leia também: A "cápsula" de suicídio usada pela primeira vez
O dispositivo foi usado pela primeira vez na segunda-feira (25/9), quando uma idosa de 64 anos morreu com o uso da Sarco. De acordo com a The Last Resort, a mulher "sofreu por muitos anos de uma série de problemas graves relacionados a uma severa deficiência imunológica".
A cápsula funciona quando o paciente deita dentro dela e precisa responder uma série de perguntas para confirmar que compreende o que está fazendo antes de acionar um botão que libera nitrogênio.
Processo criminal
O anúncio do uso da cápsula pela primeira vez foi divulgado pela própria empresa na data e logo depois, a promotoria do cantão de Schaffhausen, na Suíça, abriu um processo criminal contra várias pessoas por incitação e assistência ao suicídio.
A polícia informou que foi até o local dos fatos e confiscou a cápsula de suicídio Sarco. O corpo da idosa foi transferido para autópsia.
Na segunda-feira (23), a ministra do Interior da Suíça, Elisabeth Baume Schneider, disse durante uma sessão de na Câmara dos Deputados que a "cápsula de suicídio Sarco não está em conformidade com a lei".
Segundo ela, o dispositivo não atende aos requisitos de segurança dos produtos. Além disso, ela afirma que o uso de nitrogênio dentro do dispositivo não é compatível com a lei de produtos químicos.
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