Oriente Médio

Protestos em Israel completam uma semana e aumentam pressão sob Netanyahu

Milhares de israelenses ocupam as ruas desde o fim de semana passado, acusando governo de priorizar aniquilação do grupo terrorista Hamas em vez do resgate de reféns na Faixa de Gaza. Terror aumenta após novos ataques

Manifestações pedem liberação de reféns israelenses mantidos em cativeiro. Revolta cresce após localização de seis corpos em Gaza -  (crédito:  AFP)
Manifestações pedem liberação de reféns israelenses mantidos em cativeiro. Revolta cresce após localização de seis corpos em Gaza - (crédito: AFP)

A noite de ontem foi marcada por mais protestos israelenses pela libertação de reféns em poder do grupo terrorista Hamas. Mobilizada há mais de uma semana, a população, incluindo os familiares dos sequestrados, exige que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu faça um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Em Tel Aviv, os organizadores contabilizaram meio milhão de pessoas nas ruas, segundo a imprensa local. As manifestações também ocorreram em cidades como Jerusalém, Haifa e Cesareia, próximo à residência do premiê israelense. A greve geral teve início no último fim de semana, após a localização de seis corpos de reféns da organização palestina desde o ano passado.

Ainda ontem, um ataque aéreo israelense atingiu um complexo escolar no norte de Gaza, matando ao menos três pessoas e ferindo mais de 20, de acordo com a Defesa Civil do território governado pelo Hamas. Mahmud Massal, porta-voz do órgão, relatou que os mísseis atingiram um local de oração e uma sala de aula, onde deslocados buscavam abrigo. O exército justificou o ataque como um "bombardeio de precisão" dirigido a um suposto centro de comando do Hamas. O governo de Netanyahu tem intensificado investidas contra escolas, alegando o combate a extremistas.

De acordo com balanço recém-divulgado pelo Ministério da Saúde na Faixa de Gaza, o número de mortes chegou a 40.939 desde o início da guerra. Os conflitos continuam provocando um massivo deslocamento da população, com milhares de palestinos buscando refúgio em escolas e outras instalações temporárias. A crise humanitária na região é agravada pela destruição e os bombardeios incessantes, que completaram 11 meses neste sábado, sem perspectiva de trégua.

Novos ataques no Líbano também acenderam alerta ontem. Três paramédicos libaneses foram mortos e dois outros ficaram feridos, um deles gravemente. O Hezbollah afirma ter se tratado de uma investida israelense. Os profissionais foram atingidos enquanto prestavam socorro em focos de incêndio na cidade de Faroun, no sul do país. O Ministério da Saúde local condenou a ação como um "ato flagrante" e destacou que o ataque atingiu um caminhão de bombeiros. Esse foi o segundo ataque a uma equipe de emergência em menos de 12 horas. Autoridades israelenses afirmaram estar analisando o relatório sobre o bombardeio.

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postado em 08/09/2024 06:01
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