OBITUÁRIO

Atleta morre quatro dias após ser queimada pelo namorado na frente das filhas

A Ugandesa Rebecca Cheptegei foi vítima de um atentado cometido pelo namorado que jogou gasolina no corpo da atleta e ateou fogo na frente das filhas dela, de 9 e 11 anos. Ela teve queimaduras em mais de 80% do corpo

Rebecca Cheptegei (de regata amarela), de 33 anos, disputou a maratona nos Jogos Olímpicos de Paris em agosto -  (crédito: Ferenc ISZA / AFP)
Rebecca Cheptegei (de regata amarela), de 33 anos, disputou a maratona nos Jogos Olímpicos de Paris em agosto - (crédito: Ferenc ISZA / AFP)

A maratonista ugandesa Rebecca Cheptegei morreu, nesta quinta-feira (5/9), quatro dias depois de ter sido queimada em casa pelo namorado. A atleta de 33 anos, que disputou a maratona nos Jogos Olímpicos de Paris em agosto, "faleceu por volta das 5h30" locais, disse Kimani Mbugua, médico que dirige a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Moi Teaching and Referral Hospital, na cidade de Eldoret, no Quênia. 

"Os ferimentos cobriam a maior parte de seu corpo. Isso levou à falência de múltiplos órgãos. Fizemos o nosso melhor, mas não tivemos sucesso. Considerando a idade e as queimaduras em mais de 80% do corpo que ela sofreu, a esperança de recuperação era pequena", afirmou o médico.

Segundo o boletim policial, o suspeito de atear fogo em Rebecca, identificado como Dickson Ndiema Marangach, invadiu a propriedade da atleta no último domingo (1º/9), quando ela estava na igreja com as filhas. 

Rebecca vivia com a irmã e as duas filhas em uma casa localizado em Endebess, que fica a 25 quilômetros da fronteira com Uganda.

Quando retornaram da igreja, o suspeito jogou gasolina no corpo da atleta e ateou fogo na frente das filhas dela, de 9 e 11 anos, segundo o jornal The Standard.

Os dirigentes do atletismo e ativistas dos direitos das mulheres condenaram o assassinato. O presidente do Comitê Olímpico de Uganda, Donald Rukare, denunciou o "ato covarde e sem sentido que provocou a perda de uma grande atleta". “Condenamos de modo veemente a violência contra as mulheres", afirmou.

Já a confederação de atletismo do Quênia, a Athletics Kenya, afirmou que "a morte prematura e trágica é uma perda profunda" e exige "o fim da violência de gênero".

Com informações da AFP*

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postado em 05/09/2024 07:33 / atualizado em 05/09/2024 07:33
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