República Democrática do Congo

Tentativa de fuga de prisão na Rep. Democrática do Congo termina com 129 mortos

As autoridades não revelaram detalhes sobre o número de presos que tentaram fugir ou as circunstâncias

A prisão de Makala, com capacidade para 1.500 detentos, abriga entre 14.000 e 15.000 prisioneiros, segundo dados oficiais -  (crédito: Reprodução/Threads/@jeanfelixkabuyi)
A prisão de Makala, com capacidade para 1.500 detentos, abriga entre 14.000 e 15.000 prisioneiros, segundo dados oficiais - (crédito: Reprodução/Threads/@jeanfelixkabuyi)

Uma tentativa de fuga da maior penitenciária da República Democrática do Congo terminou com 129 pessoas mortas, baleadas, sufocadas ou esmagadas, informou o governo nesta terça-feira (3/9). Vários setores da prisão de Makala, na capital Kinshasa, foram incendiados durante a tentativa de fuga na madrugada de segunda-feira, segundo o ministro do Interior, Jacquemain Shabani.

"O balanço provisório é de 129 mortos, 24 deles atingidos por tiros após advertências", escreveu o ministro no Facebook. Ele também informou que 59 pessoas ficaram feridas.

A partir das 2H00 de segunda-feira, tiros foram ouvidos durante várias horas, afirmaram à AFP várias testemunhas. Daddi Soso, que mora nas imediações da penitenciária, disse que acordou com o barulho dos tiros."Houve mortes e algumas pessoas fugiram", acrescentou Soso, um eletricista, que disse ter visto os veículos da polícia que levaram os corpos.

As autoridades não revelaram detalhes sobre o número de presos que tentaram fugir ou as circunstâncias. O porta-voz do governo, Patrick Muyaya, declarou à televisão nacional que a situação estava "sob controle".

O ministro da Justiça, Constant Mutamba, escreveu na rede social X que "investigações estão em curso para identificar e punir severamente os responsáveis pelos atos de sabotagem". Ele também anunciou que a transferência de presos para esta penitenciária está suspensa. 

A prisão de Makala, com capacidade para 1.500 detentos, abriga entre 14.000 e 15.000 prisioneiros, segundo dados oficiais. Mais de 4.000 detentos fugiram do local em 2017, após um ataque noturno de homens armados.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 03/09/2024 09:49
x