O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou, nesta segunda-feira (2), que militantes do Hamas "executaram" com um "tiro na nuca" os seis reféns cujos corpos foram encontrados na véspera em um túnel na Faixa de Gaza e levados para Israel.
"Estes assassinos executaram seis de nossos reféns disparando-lhes um tiro na nuca", afirmou Netanyahu durante uma coletiva de imprensa, refutando a ideia de que Israel deveria responder com "concessões" às negociações por um cessar-fogo em Gaza.
No domingo, o ministério da Saúde israelense informou que os seis reféns foram mortos com disparos à curta distância um pouco antes de seus corpos serem recuperados.
O assassinato dos reféns gerou um luto generalizado em Israel, assim como revolta em relação ao governo por não fechar um acordo que assegurasse sua libertação.
Enquanto milhares de manifestantes se reuniam em Tel Aviv, nesta segunda, pelo segundo dia consecutivo de manifestações com críticas ao governo, Netanyahu pediu perdão por não ter conseguido salvar os reféns mortos, mas também apelou à unidade.
Ele pediu à comunidade internacional para exercer mais pressão sobre o Hamas para pôr fim à guerra iniciada pelo ataque sem precedentes de milicianos do grupo islamista em 7 de outubro contra o sul de Israel.
"Nós dizemos sim, eles dizem não a todo momento, mas eles também assassinaram estas pessoas e agora precisamos exercer pressão máxima sobre o Hamas", disse Netanyahu. "O Hamas precisa fazer concessões".
O chefe de governo israelense destacou, além disso, que as forças de Israel devem manter o controle do corredor Filadélfia, ao longo da fronteira entre o Egito e Gaza.
A manutenção das tropas israelenses nesse corredor se tornou o principal ponto de atrito nas negociações, mediadas por Estados Unidos, Egito e Catar. O Hamas exige a retirada total de Israel da área.
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