O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu revidou nesta segunda, 2, contra uma nova onda de pressão para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza, depois que centenas de milhares de israelenses protestaram e entraram em greve e o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que precisava fazer mais após quase 11 meses de combates.
Em seu primeiro discurso público desde os protestos em massa de domingo, Netanyahu disse que continuará a insistir em uma demanda que surgiu como um grande ponto de discórdia nas negociações - o controle israelense do corredor de Filadélfia, uma faixa estreita ao longo da fronteira de Gaza com o Egito, onde Israel afirma que o Hamas contrabandeia armas para Gaza. Egito e Hamas negam.
Netanyahu chamou o corredor de vital para garantir que o Hamas não possa se rearmar por meio de túneis. "Este é o oxigênio do Hamas", disse ele. E ele acrescentou: "Ninguém está mais comprometido em libertar os reféns do que eu. Ninguém vai me dar sermão".
Os israelenses saíram às ruas no domingo à noite em luto após reféns mantidos pelo Hamas serem encontrados mortos. As famílias e grande parte do público culparam Netanyahu, dizendo que os reféns poderiam ter sido devolvidos vivos em um acordo com o Hamas. Uma greve geral foi realizada em todo o país na segunda-feira.
Hoje, vários milhares de manifestantes se reuniram do lado de fora da casa particular de Netanyahu no centro de Jerusalém, gritando "Acordo agora" e carregando caixões envoltos na bandeira israelense. Houve brigas quando a polícia arrebatou os caixões, e vários manifestantes foram presos. Milhares de outros marcharam do lado de fora da sede do partido Likud, de Netanyahu, em Tel Aviv, de acordo com a mídia israelense.
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