O governo da Nicarágua fechou, nesta segunda-feira (12/8), 15 ONGs, incluindo sete religiosas, segundo resoluções publicadas no jornal oficial La Gaceta.
Seis organizações foram fechadas por "descumprimento de suas obrigações", segundo o Ministério do Interior, e seus bens passarão para as mãos do Estado. As outras nove, por "dissolução voluntária".
"Descumpriram suas obrigações (...) ao não reportarem sua situação financeira nos períodos entre 02 e 13 anos", segundo o decreto.
Entre as organizações religiosas fechadas estão a Cáritas (instituição católica de assistência social) da cidade de Matagalpa, no norte, e entidades evangélicas como a Igreja de Pentecostes e a Igreja do Bom Samaritano.
A Associação de Canoagem de Manágua também foi fechada.
A Nicarágua endureceu as leis sobre associações civis após protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega em 2018, que deixaram mais de 300 mortos em três meses, segundo a ONU.
A gestão do chefe de Estado, que considerou os protestos de 2018 como uma tentativa de golpe promovido por Washington, garantiu que algumas ONGs financiaram estas mobilizações.
O fechamento de ONGs tem como base um estrito marco jurídico no país, no qual o governo Ortega já fechou cerca de 3.600 organizações desde 2018.
O presidente também atacou a Igreja Católica, com a prisão e expulsão do país de dezenas de religiosos.
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