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O que se sabe sobre ataque com homem-bomba e atiradores em praia da Somália

Pelo menos 32 pessoas morreram e 63 ficaram feridas, algumas em estado crítico, informou porta-voz da polícia.

Pelo menos 32 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após um homem-bomba e atiradores realizarem um ataque em uma praia popular na capital da Somália, Mogadíscio, informou um porta-voz da polícia neste sábado (3/8).

Abdifatah Adan Hassan revelou que cerca de 63 pessoas foram feridas, algumas em estado crítico.

Segundo a imprensa local, o ataque foi realizado por militantes do al-Shabab, que controlam amplas áreas do sul e do centro da Somália. O grupo, ligado à al-Qaeda, tem conduzido uma insurgência brutal contra o governo apoiado pela ONU na Somália há quase 20 anos.

Uma testemunha ocular relatou à agência de notícias AFP que houve pânico generalizado, pois "era difícil saber o que estava acontecendo, já que o tiroteio começou logo após a explosão". Abdilatif Ali mencionou que algumas pessoas tentaram se abrigar no chão, enquanto outras tentaram fugir.

"Vi pessoas feridas na praia. As pessoas estavam gritando em pânico e era difícil distinguir quem estava morto e quem ainda estava vivo", acrescentou.

Pelo menos cinco pessoas estiveram envolvidas no ataque. Segundo Hasan, um dos atacantes se explodiu, enquanto três foram mortos. Um dos atiradores foi capturado com vida, conforme relatado pelo porta-voz da polícia em Mogadíscio.

Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, descreveu o ataque como "horrível" e "cruel", enviando suas mais sinceras condolências às famílias das vítimas do ataque mortal na praia de Liido, muito frequentada por empresários e funcionários do governo.

Abdulkhaliq Osman, do hospital Kalkaal, informou que vários pacientes estão sendo atendidos, com 11 sendo transferidos para a unidade de operações devido a ferimentos críticos, enquanto outros com lesões menos graves foram liberados após o tratamento médico.

Este é o atentado mais mortal na Somália desde o ataque com carros-bomba em outubro de 2022, quando explosões perto do Ministério da Educação e de um restaurante na capital resultaram na morte de pelo menos 100 pessoas e ferimentos em outras 300.

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