ESTADOS UNIDOS

Família acusa hospital de comunicar alta de jovem que estava morta

Jessie Marie Peterson sofria de diabetes tipo 1 e nunca entrou em contato com a mãe após a suposta alta; família passou uma ano em campanha para achar a jovem

Jessie Marie Peterson tinha diabetes tipo 1 -  (crédito: Reprodução / Facebook)
Jessie Marie Peterson tinha diabetes tipo 1 - (crédito: Reprodução / Facebook)

A família de Jessie Marie Peterson acusa o hospital de Mercy San Juan Medical Center, na Califórnia, nos Estados Unidos, de ter escondido o seu paradeiro após sua morte. A jovem, que sofria diabetes tipo 1, foi internada em abril de 2023. Dias depois, o hospital entrou em contato com a mãe, Ginger Congi,  para informar que a filha tinha tido alta. No entanto, Jessie nunca procurou a família. 

Sem saber do paradeiro de Jessie, Ginger achava que a filha estava desaparecida. Ela abriu um boletim de ocorrência, fez campanhas de buscas e afixou cartazes para tentar encontrar a mulher. No entanto, em 12 de abril de 2024, a família foi notificada por investigadores de que Jessie tinha sido encontrada morta pelo hospital Mercy San Juan. O corpo foi mantido durante um ano em um necrotério.

A certidão de óbito, assinada só em 4 de abril de 2024, afirma que a mulher morreu em 8 de abril de 2023. Durante quase todo esse tempo, o corpo de Jessie foi mantido em uma unidade de armazenamento refrigerado externa, de acordo com registros hospitalares obtidos pela família, que pede uma indenização de US$ 25 milhões, o equivalente a R$ 138,41 milhões.

Segundo a certidão de óbito, Jessie morreu devido a uma parada cardiorrespiratória. "O corpo de Jessie estava tão decomposto que não era possível realizar um funeral de caixão aberto e a autópsia não permitiu determinar se a negligência médica desempenhou algum papel na sua morte", diz a família no processo apresentado contra o hospital, por negligência. 

"O fato de os réus não terem emitido atempadamente uma certidão de óbito, não terem notificado os familiares mais próximos de Jessie, não terem permitido uma autópsia e terem tratado mal os restos mortais de Jessie foi negligente, descuidado e insensível", acusa a ação judicial.

"O hospital Mercy San Juan anuncia que 'em nossas unidades de atendimento, temos orgulho de tratar todas as pessoas com dignidade e respeito'. Neste caso, não houve dignidade nem respeito. O hospital Mercy San Juan falhou em seu dever mais fundamental de notificar a família de Jessie sobre sua morte. O Mercy San Juan armazenou Jessie em um depósito externo e ela foi deixada para se decompor por quase um ano enquanto sua família incansavelmente perguntava sobre seu paradeiro”, reconheceu o hospital.

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Maria Dulce Miranda - Estado de Minas
postado em 28/08/2024 17:17 / atualizado em 28/08/2024 17:20
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