O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela entregou ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) as atas eleitorais das mais de 30 mil mesas de votação correspondentes à eleição presidencial do dia 28 de julho. O Judiciário recebeu os documentos na noite de segunda-feira (5/8).
O Conselho ainda entregou a ata de totalização dos votos, que aponta a vitória de Maduro, e os registros que comprovariam um ataque cibernético contra as telecomunicações do país — ataque esse que teria impedido o trabalho do CNE.
O Judiciário solicitou as atas para realizar uma investigação sobre todo o processo eleitoral, a pedido de Nicolás Maduro.
O Tribunal de Justiça também convocou os candidatos e representantes dos partidos que participaram do pleito para prestar esclarecimentos e mostrar documentos eleitorais em sua posse na quarta (7/8), quinta (8/8) e sexta-feira (9/8).
Na semana passada, Edmundo González, o principal candidato da oposição, não obedeceu ao Tribunal e não apareceu à uma audiência, alegando que a perícia usurpa as competências do CNE ao transferir as responsabilidades eleitorais ao TSJ.
A oposição afirma ter "provas irrefutáveis" de que González venceu Maduro nas eleições. O grupo teria publicado mais de 80% das atas na internet. Enquanto isso, o governo acusa-os de falsificar as atas postadas.
Já que o CNE não disponibilizou as atas por mesa de votação aos partidos, candidatos e observadores internacionais, instaurou-se uma guerra de versões sobre o resultado eleitoral.
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