O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou patrulhas militares e policiais em todo o país, a partir desta quarta-feira (31/7). O anúncio foi feito na terça (30/7), durante pronunciamento à nação.
A decisão vem em meio a ondas de protestos pós-eleições presidenciais, do último domingo, em que Maduro foi reeleito. Os manifestantes questionam a reeleição do líder venezuelano, alegando falta de transparência total sobre os resultados da eleição.
Os protestos, vistos pelo governo como uma tentativa de "golpe", começaram na segunda-feira (29/7), após a autoridade eleitoral da Venezuela, o Consejo Nacional Electoral (Conselho Nacional Eleitoral), anunciar a reeleição de Maduro, com 51,2% dos votos.
A oposição diz que Gonzalez teve mais que o dobro de votos que Maduro, segundo cópias das atas de apuração que afirmam ter que comprovariam a suposta fraude.
Maduro culpou o candidato da oposição Edmundo Gonzalez e a líder da oposição Maria Corina Machado pelas manifestações.
Os protestos
Desde segunda-feira (29/7), as ruas de Caracas e de outras cidades venezuelanas foram tomadas por milhares de manifestantes contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro. Foram 187 protestos em 20 dos 23 estados, segundo a organização Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais.
De acordo com informações de ONGs, pelo menos 12 pessoas morreram nos protestos, incluindo dois menores de idade, e mais de 80 ficaram feridas.
O número de detenções nas primeiras 24h de protestos chegou a 749, segundo o Ministério Público da Venezuela.
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O partido Vontade Popular (VP) denunciou que o líder opositor Freddy Superlano foi preso e sequestrado pelas autoridades venezuelanas. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou o momento da abordagem. Assista.
Os manifestantes também derrubaram cinco estátuas em homenagem a Hugo Chávez, antecessor à Maduro.
*Estagiária sob supervisão de Talita de Souza
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