As autoridades eleitorais devem "garantir a transparência e o acesso de todos os partidos políticos e da sociedade civil à apuração dos votos" na Venezuela, afirmou neste domingo (29) o chefe da diplomacia dos Estados Unidos para a América Latina, Brian Nichols.
"Os eleitores venezuelanos compareceram massivamente às urnas para expressar sua vontade", acrescentou Nichols em uma mensagem na rede social X, na qual também pede "a pronta publicação dos resultados".
"A credibilidade do processo eleitoral depende disso", insiste o alto funcionário do Departamento de Estado, ao final de uma jornada em que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de 61 anos, disputa a continuidade do chavismo frente à oposição.
Os Estados Unidos se juntam assim aos ministros de Relações Exteriores de nove países latino-americanos que pedem garantias eleitorais.
"Consideramos indispensável que haja garantias de que os resultados eleitorais respeitarão plenamente a vontade popular expressa pelo povo venezuelano nas urnas", afirmam os chanceleres da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai em um comunicado conjunto.
A votação terminou às 18h00 (19h00 de Brasília) e a líder opositora venezuelana María Corina Machado pediu aos apoiadores que permanecessem nos centros de votação para vigiar a apuração.
Machado não pôde se candidatar devido a uma inabilitação política, mas é representada por Edmundo González Urrutia, diplomata de carreira de 74 anos.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de linha oficialista, espera ter uma tendência irreversível para anunciar os resultados do processo, que é automatizado.
Maduro prometeu reconhecer e defender o resultado divulgado pelo organismo eleitoral.
"Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e farei com que sejam respeitados", disse neste domingo. Dias antes, ele advertiu que uma vitória da oposição poderia desencadear um "banho de sangue".
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