As urnas usadas na eleição que vai definir o futuro da Venezuela foram fechadas às 19h (no horário de Brasília) deste domingo (28/7). Até às 17h (horário de Brasília), 54,8% dos eleitores compareceram às urnas. O número supera os 46% de comparecimento registrado nas últimas eleições, em 2018. O voto não é obrigatório no país.
As eleições deste ano ocorrem de maneira tensa e crucial, diante do alerta do atual presidente, Nicolás Maduro, de que os resultados devem ser "respeitados" e a declaração de seu principal adversário, Edmundo González Urrutia, de que defenderá "até o último voto".
O país decide neste domingo entre a continuidade do chavismo, há 25 anos no poder, ou a mudança garantida por uma oposição unida após ter sido marginalizada em eleições anteriores.
Maduro, que está na presidência desde 2013, declarou ao votar que "o que afirmar o árbitro eleitoral será reconhecido, e não apenas reconhecido, mas defendido", em referência ao Conselho Nacional Eleitoral.
Urrutia, representante da popular líder da oposição María Corina Machado, que foi impedida de concorrer devido a uma inabilitação política, disse que "confia nas Forças Armadas para respeitar a decisão do povo".
Entre a população de 30 milhões de pessoas, quase 21 milhões foram registradas para votar. No entanto, analistas calculam que podem ter comparecido às urnas apenas 17 milhões que estão na Venezuela e não migraram.
Maduro tenta se reeleger enquanto o país tenta sair de uma profunda crise econômica e humanitária que contraiu o Produto Interno Bruto (PIB) em 80% no período de 10 anos e empurrou mais de sete milhões de pessoas para o êxodo, segundo dados da ONU.
Há alguns dias, o presidente venezuelano alertou que uma possível vitória da oposição pode provocar um "banho de sangue". A fala rendeu diversas críticas, incluindo do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
*Com informações da AFP
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