A ex-deputada opositora María Corina Machado, inabilitada politicamente pelo regime de Nicolás Maduro e forçada a designar o ex-embaixador Edmundo González Urrutia como candidato da Plataforma Unitária Democrática, publicou uma mensagem emotiva por volta das 5h deste domingo (6h em Brasília).
"Bom dia, meus queridos venezuelanos! O dia chegou", escreveu, ao lado do desenho da bandeira da Venezuela. "São 5h e temos trabalho! A esta hora, peço que nosso Hino Nacional seja escutado em todo o mundo, desde seu coração. E eu quero escutá-lo. Mostrem-no por aqui, nas respostas! Saíamos para votar, em família, com força, alegria e convicção, porque vamos conseguir!", acrescentou.
Imediatamente, os venezuelanos atenderam ao pedido de María Corina e começaram a publicar vídeos com mensagens de força e nos quais cantavam o hino. Um grupo de venezuelanos entoou o hino do país madrugada deste domingo, em Buenos Aires, enquanto aguardavam o início da votação.
Principal candidato da oposição e afilhado político de María Corina, Edmundo González postou em seu perfil na rede social X uma mensagem curta aos venezuelanos, em forma de vídeo. "Amigos, hoje é o dia. Hoje é o seu dia. Saiam e votem!", aconselhou.
Antonio Ledezma, prefeito de Caracas capturado no meio da noite pelas forças do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) e hoje exilado em Madri, comemora a mobilização dos venezuelanos pelo voto contra Nicolas Maduro. "Milhões de venezuelanos entoam as notas do nosso Hino Nacional — "Glória ao bravo povo" — e se antecipam a nos fazer ver que essa jornada será coroada com a vitória de Edmundo González Urrutia", afirma.
"Será uma vantagem astronômica, impossível de ocultar. Portanto, aspiramos que Deus siga abençoando a Venezuela e que possamos amanhecer, nesta segunda-feira, 29 de julho, com a iluminação da liberdade para a Venezuela e a satisfação para os países de nosso continente, que estavam pendentes da sorte de nossa Pátria."
Os venezuelanos vão às urnas neste domingo para as eleições presidenciais. Cerca de 21 milhões de pessoas estão registradas para votar, mas na Venezuela o voto não é obrigatório, e os especialistas acreditam que cerca de 17 milhões participarão efetivamente da escolha do próximo presidente do país.
O atual líder do país, Nicolás Maduro, de 61 anos, enfrenta nove opositores. O principal concorrente de Maduro é o diplomata aposentado Edmundo González Urrutia, de 74 anos. Ele é o representa da coalizão opositora Plataforma Unitária Democrática.
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