ELEIÇÕES VENEZUELA

Nicolás Maduro vota logo cedo no início das eleições venezuelanas

O atual presidente compareceu às urnas na manhã deste domingo (28/7) e deve enfrentar opositores em uma eleição marcada por tensões

Sob forte tensão, os venezuelanos vão às urnas neste domingo para as eleições presidenciais. Cerca de  21 milhões de pessoas estão registradas para votar, mas na Venezuela o voto não é obrigatório, e os especialistas acreditam que cerca de 17 milhões participarão efetivamente da escolha do próximo presidente do país.  

O atual líder do país, Nicolás Maduro, de 61 anos, enfrenta nove opositores. O principal concorrente de Maduro é o diplomata aposentado Edmundo González Urrutia, de 74 anos. Ele é o representa da coalizão opositora Plataforma Unitária Democrática. Em entrevista ao Correio, Edmundo González Urrutia se mostrou otimista com o pleito. "Todas as pesquisas sérias nos dão ampla maioria", afirmou. Ele pondera ainda que Maduro terá que aceitar a derrota.

Nicolás Maduro está na presidência há 11 anos. O líder venezuelano votou logo cedo, em Caracas, e declarou que os resultados das urnas serão respeitados, segundo a AFP.

"Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e farei com que sejam respeitados", disse Maduro após votar em Caracas. "Palavra sagrada a do árbitro eleitoral, e peço aos 10 candidatos presidenciais (...) a respeitar, a garantir o respeito e a declarar publicamente que respeitarão o boletim oficial do Conselho Nacional Eleitoral"

O assessor especial da Presidência da República Brasileira, Celso Amorim, acompanha a votação na Venezuela e ontem foi recebido pelo ministro do Poder Popular para Relações Exteriores, Yvan Gil. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de enviar observadores para acompanhar o pleito depois que Nicolás Maduro afirmou, de forma errônea, que a eleição no Brasil não é auditável. 

Antes, Maduro disse que sua vitória será a única forma de garantir a segurança e a estabilidade na Venezuela. Ele advertiu que, se perder, haverá um banho de sangue no país. O presidente Lula reagiu e admitiu ter ficado assustado com a afirmação. Maduro rebateu e ironizou, ao dizer que aqueles que se espantaram, deveriam tomar um chá de camomila.

 

 

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