O jogador de vôlei de praia da seleção holandesa Steven van de Velde ficará alojado em um local separado da Vila Olímpica e sem contato com a imprensa e os atletas durante a Olimpíada de Paris, que terá sua abertura nesta sexta-feira (26/7).
A medida foi tomada pelo Comitê Olímpico Holandês (NOC) para "garantir um ambiente esportivo seguro para todos os participantes olímpicos".
Em 2016, Van de Velde, agora com 29 anos, foi condenado a quatro anos de prisão, depois de se declarar culpado por estuprar uma menina britânica de 12 anos. Na época, o atleta tinha 19 anos.
O holandês, que conheceu a vítima no Facebook, viajou de Amesterdã para o Reino Unido e estuprou a menina no município de Milton Keynes, a 70 quilômetros de Londres.
Van de Velde retomou sua carreira no vôlei depois de cumprir 12 meses de sua sentença de quatro anos e foi selecionado em junho para a seleção olímpica holandesa em Paris.
Após sua convocação para Paris, o Comitê Olímpico Holandês (NOC) disse à BBC Sport: "Após a sua libertação, Van de Velde procurou e recebeu aconselhamento profissional. Ele demonstrou aos que o rodeavam - privada e profissionalmente - autoconhecimento e reflexão."
O NOC afirma que o retorno de Van de Velde ao esporte atendeu às diretrizes estabelecidas pela Federação Holandesa de Voleibol no "Registro de Integridade de Diretrizes" da organização, que estabelece condições para os atletas retomarem a competição após a condenação.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que a seleção dos atletas para os Jogos era responsabilidade de comitês individuais.
De acordo com o canal holandês NL Times, Van de Velde não ficará na vila dos atletas e dormirá numa acomodação alternativa em Paris.
A inclusão de Van de Velde nos Jogos foi criticada por grupos de segurança feminina.