ELEIÇÕES VENEZUELA

Nicolás Maduro vota logo cedo no início das eleições venezuelanas

O atual presidente compareceu às urnas na manhã deste domingo (28/7) e deve enfrentar opositores em uma eleição marcada por tensões

Nicolás Maduro está no poder desde 2013 e enfrenta nove opositores na eleição deste domingo.  -  (crédito: Juan BARRETO / AFP)
Nicolás Maduro está no poder desde 2013 e enfrenta nove opositores na eleição deste domingo. - (crédito: Juan BARRETO / AFP)

Sob forte tensão, os venezuelanos vão às urnas neste domingo para as eleições presidenciais. Cerca de  21 milhões de pessoas estão registradas para votar, mas na Venezuela o voto não é obrigatório, e os especialistas acreditam que cerca de 17 milhões participarão efetivamente da escolha do próximo presidente do país.  

O atual líder do país, Nicolás Maduro, de 61 anos, enfrenta nove opositores. O principal concorrente de Maduro é o diplomata aposentado Edmundo González Urrutia, de 74 anos. Ele é o representa da coalizão opositora Plataforma Unitária Democrática. Em entrevista ao Correio, Edmundo González Urrutia se mostrou otimista com o pleito. "Todas as pesquisas sérias nos dão ampla maioria", afirmou. Ele pondera ainda que Maduro terá que aceitar a derrota.

Nicolás Maduro está na presidência há 11 anos. O líder venezuelano votou logo cedo, em Caracas, e declarou que os resultados das urnas serão respeitados, segundo a AFP.

"Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e farei com que sejam respeitados", disse Maduro após votar em Caracas. "Palavra sagrada a do árbitro eleitoral, e peço aos 10 candidatos presidenciais (...) a respeitar, a garantir o respeito e a declarar publicamente que respeitarão o boletim oficial do Conselho Nacional Eleitoral"

O assessor especial da Presidência da República Brasileira, Celso Amorim, acompanha a votação na Venezuela e ontem foi recebido pelo ministro do Poder Popular para Relações Exteriores, Yvan Gil. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de enviar observadores para acompanhar o pleito depois que Nicolás Maduro afirmou, de forma errônea, que a eleição no Brasil não é auditável. 

Antes, Maduro disse que sua vitória será a única forma de garantir a segurança e a estabilidade na Venezuela. Ele advertiu que, se perder, haverá um banho de sangue no país. O presidente Lula reagiu e admitiu ter ficado assustado com a afirmação. Maduro rebateu e ironizou, ao dizer que aqueles que se espantaram, deveriam tomar um chá de camomila.

 

 

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postado em 28/07/2024 08:47 / atualizado em 28/07/2024 08:55
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