Estados Unidos

Juíza rejeita processo de Trump por apropriação de documentos sigilosos

Segundo a juíza Aileen Cannon, o promotor do caso, Jack Smith, não tinha autoridade para levar o caso à Justiça

Ao todo, Trump enfrentava 31 acusações de retenção intencional de informações de defesa nacional -  (crédito:  Getty Images via AFP)
Ao todo, Trump enfrentava 31 acusações de retenção intencional de informações de defesa nacional - (crédito: Getty Images via AFP)

A juíza Aileen Cannon rejeitou o processo criminal contra o ex-presidente Donald Trump, onde era acusado apropriação de documentos sigilosos e gestão indevida de tais documentos. A rejeição do processo ocorreu porque a magistrada avaliou que o promotor do caso, Jack Smith, foi designado para o caso foi incorreta e não poderia ter levado o caso à Justiça. 

A decisão da juíza saiu depois do pedido dos advogados do ex-presidente pela suspensão parcial do caso para permitir uma avaliação de uma decisão da Suprema Corte que estabelece que um ex-presidente tem ampla imunidade contra processos judiciais. 

Ao todo, Trump enfrentava 31 acusações de "retenção intencional de informações de defesa nacional", cada uma punível com até 10 anos de prisão. Ele também foi acusado de conspiração para obstruir a justiça e de fazer declarações falsas. 

Segundo a acusação, o ex-presidente supostamente manteve documentos confidenciais — incluindo registros do Pentágono e da CIA — sem proteção adequada em sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida, e dificultou os esforços da Justiça para recuperá-los.

"Está CONCEDIDA a moção do ex-presidente Trump para rejeitar a acusação baseada na nomeação ilegal e no financiamento do conselheiro especial Jack Smith", escreveu a juíza na decisão. "A acusação formal é REJEITADA porque a nomeação do Conselheiro Especial Smith viola a Cláusula de Nomeações da Constituição dos Estados Unidos", frisou.

Em maio, Trump se tornou o primeiro ex-presidente a ser condenado pela Justiça em 34 acusações ligadas ao acobertamento de pagamentos à ex-atriz pornô Stormy Daniels. No entendimento do júri, as evidências apresentadas durante o julgamento foram suficientes para afirmar que ex-presidente fraudou documentos contábeis para impedir  que o caso com Daniels se tornasse público. 

Ataque contra Trump

O resultado positivo no processo ocorre dois dias depois do atentado em um comício na Pensilvânia onde Trump foi atingido de raspão na orelha direita. O ataque matou o bombeiro aposentado Corey Comperatore, 50 anos, que se jogou para proteger a família dos disparos. 

Na primeira entrevista concedida após o caso, Trump relembrou o momento em que foi atingido e parabenizou o trabalho dos agentes do Serviço Secreto. 

“O médico do hospital disse que nunca viu nada parecido, ele chamou de milagre. Eu não deveria estar aqui, deveria estar morto", disse Trump ao New York Post, nesta segunda-feia (15/7), enquanto estava a caminho de Milwaukee, para a convenção do Partido Republicano. “Por sorte ou por Deus, muitas pessoas estão dizendo que é por Deus que ainda estou aqui”, acrescentou o ex-presidente.

*Com informações da Agence France-Presse

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postado em 15/07/2024 13:34 / atualizado em 15/07/2024 13:34
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