Apesar de a ação do Serviço Secreto ter levado apenas alguns segundos, após o início do tiroteio, no comício de Donald Trump, especialistas apontam falhas. A principal delas é que o atirador estava no telhado de um edifício, a 140 metros do comício, local que deveria ter sido checado antes do evento.
Ao Correio, Bobby Chacon, agente especial aposentado do FBI (a polícia federal dos EUA), ressaltou que, sempre que uma pessoa protegida é ferida ou morta por ação adversária externa, há o indício de que a missão de segurança falhou. "Uma vez que isso aconteceu, os agentes do Serviço Secreto que guardavam o presidente Trump fizeram um excelente trabalho, ao retirá-lo rapidamente da área de perigo", afirmou.
"O franco-atirador do Serviço Secreto fez um trabalho bom ao atirar e matar o criminoso. A falha foi não ter garantido que o telhado onde ele se posicionou em segurança antes do início do comício. É um erro enorme, pelo qual o Serviço Secreto deverá responder. Acredito que há uma investigação interna para determinar como um erro tão grave foi cometido."
Para o especialista, aumentará o efetivo policial dos candidatos com mais segurança nos comícios. "Parece ter havido muita confusão quanto ao motivo pelo qual a polícia não respondeu mais rapidamente e não perseguiu o suspeito. Uma investigação também deve ser feita sobre essa potencial falha de segurança", defendeu. Audrey Gibson-Cicchino, coordenadora do Serviço Secreto para os republicanos, garantiu que está tudo "totalmente preparado" para a segurança na Convenção Nacional Republicana hoje. (IA)
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