Uma vasta área do Caribe está em alerta neste domingo (30), depois de Beryl ter ganhado força para se tornar o primeiro furacão da temporada atlântica de 2024, com alertas de meteorologistas para uma tempestade de categoria 4 "extremamente perigosa".
O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) informou que Beryl está se movendo cerca de 750 quilômetros a leste de Barbados, no oceano Atlântico, e que espera que traga "ventos mortais e tempestades ciclônicas" quando chegar às ilhas de Barlavento na manhã de segunda-feira.
O NHC alertou que a tempestade está "se fortalecendo" e previu que se tornará um "furacão de categoria 4 extremamente perigoso" ao atingir as comunidades caribenhas.
Barbados, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Granada estão em alerta de furacão, enquanto Martinica, Tobago e Dominica estão em alerta de tempestade tropical, detalhou o NHC no seu último comunicado.
Em Bridgetown, capital de Barbados, os carros faziam fila nos postos de gasolina, enquanto os supermercados e mercearias estavam lotados de pessoas que compravam alimentos, água e outros suprimentos.
Um grande furacão é considerado de categoria 3 ou superior na escala Saffir-Simpson quando tem ventos de pelo menos 179 km/h. Uma tempestade de categoria 4 tem ventos sustentados de pelo menos 209 km/h.
Segundo os especialistas, uma tempestade tão poderosa no início da temporada de furacões, que vai do início de junho ao final de novembro no Atlântico, é extremamente rara.
"Apenas cinco grandes furacões (categoria 3+) foram registrados no Atlântico antes da primeira semana de julho. Beryl seria o sexto e com a aparição mais rápida nesta extremidade do Atlântico tropical", escreveu na rede X o especialista em furacões Michael Lowry.
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Ventos de quase 145 km/h
O NHC observou que às 5h00 (06h00 no horário de Brasília) deste domingo, os ventos máximos sustentados de Beryl aumentaram para cerca de 160 km/h.
A escala Saffir-Simpson designa furacões de categoria 1 com ventos de pelo menos 119 km/h.
"Espera-se condições de furacão na zona de alerta de furacão a partir da manhã de segunda-feira", acrescentou a entidade, alertando para chuvas fortes, enchentes e tempestades que poderão elevar os níveis da água até 2,7 metros acima do normal.
"As velocidades do vento nos topos e encostas de colinas e montanhas são muitas vezes até 30% mais forte do que os ventos próximos à superfície", disse o NHC.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) declarou no final de maio que espera que este ano seja uma temporada de furacões "extraordinária", com até sete tempestades de categoria 3 ou superior.
A agência citou as temperaturas quentes do oceano Atlântico e as condições relacionadas com o fenômeno climático La Niña no Pacífico para explicar o aumento das tempestades.
Nos últimos anos, os fenômenos meteorológicos extremos, incluindo furacões, tornaram-se mais frequentes e devastadores como resultado da mudança climática.
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