Treze pessoas foram presas após um incêndio florestal na ilha grega de Hydra, que as autoridades alegam ter sido provocado por fogos de artifício lançados de um iate.
O incêndio, na sexta-feira (21/6), queimou a única floresta de pinheiros na ilha turística, que fica ao sul de Atenas, segundo publicaram autoridades gregas no Facebook.
O incêndio foi controlado, mas com dificuldade.
Como não há estradas para a praia, os bombeiros tiveram que acessá-la por mar, enquanto os helicópteros lançavam água do ar.
Num comunicado neste fim de semana, os bombeiros gregos disseram que as 13 presas são cidadãos gregos e que compareceriam perante os promotores no domingo. A declaração não menciona o iate.
A causa do incêndio provocou indignação na Grécia, que já enfrenta vários incêndios florestais e passa agora pela primeira onda de calor do ano.
"Estamos indignados que algumas pessoas joguem fogos de artifício de forma tão irresponsável em uma floresta de pinheiros", disse o prefeito de Hydra, Giorgos Koukoudakis, à emissora grega ERT.
Também houve críticas nas redes sociais: "Pessoas ricas com mais dinheiro do que cérebro", escreveu uma pessoa.
A Grécia está em alerta máximo contra incêndios florestais desde terça-feira (18/6), e as autoridades estão se preparando para um verão difícil, já que as condições secas, os ventos fortes e as altas temperaturas deverão continuar.
Na sexta-feira, um bombeiro voluntário de 55 anos morreu em decorrência de ferimentos sofridos no combate a um incêndio na região sul de Ilia, na península do Peloponeso.
Os incêndios florestais de verão são comuns na Grécia, e os cientistas associam o aumento na frequência e na intensidade de eventos climáticos extremos, incluindo ondas de calor, às alterações climáticas.
Mas o país também tem um problema com pessoas que iniciam queimadas: pelo menos 79 pessoas foram presas em agosto de 2023 devido a incêndios florestais mortais.
No início deste ano, a Grécia introduziu leis mais rigorosas contra incêndios criminosos, com previsão de até 20 anos de prisão e multas de até 200 mil euros (mais de R$ 1 milhão).
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