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Portugal opta pela moderação e enfraquece a extrema direita em eleição

Partido Chega, que tem disseminado uma série de mentiras e insuflado os portugueses contra os imigrantes, teve péssimo desempenho das urnas, segundo as projeções

Lisboa — Os eleitores portugueses deram um sinal claro de que não estão dispostos a insuflar a extrema direita, que fez a terceira bancada, com 50 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de abril último. Ao irem às urnas neste fim de semana, os lusitanos destinaram apenas 12,6% dos votos ao partido de ultradireita Chega, que ficou atrás do Partido Socialista (33,7%), da Aliança Democrática (32%) e da Iniciativa Liberal (13,3%), segundo as projeções de boca de urna divulgadas pela TVI/CNN para as eleições do Parlamento Europeu.

Diante desses números, Nuno Melo, presidente do CDS, que faz parte da Aliança Democrática, afirmou que, “ao contrário do que vai acontecer em parte da União Europa, Portugal continua sendo um espaço de moderação”. Ele ressaltou ainda que o populismo e o extremismo sairão enfraquecidos das atuais eleições.

Havia o temor de que o Chega, que disseminou um forte discurso mentiroso contra a imigração no país, acabasse roubando várias cadeiras dos partidos mais moderados no Parlamento Europeu, como ocorreu com a legenda extremista na França.

Questionado sobre o péssimo desempenho do Chega nas eleições europeias, o presidente do partido, André Ventura, disse que a culpa pelos resultados era totalmente dele. “Tínhamos a certeza de que sairíamos vitoriosos, mas isso não se confirmou. Fizemos uma boa campanha, mas não houve retorno por parte dos eleitores”, assinalou. Pelas projeções, o Chega deve fazer entre um e três deputados no Parlamento Europeu.

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