Donald Trump disse nesta quinta-feira (6) que, caso retome a Casa Branca, reverterá a ordem anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de fechar a fronteira com o México se a entrada de migrantes irregulares por dia aumentar.
O aspirante à candidatura republicana para as eleições presidenciais de novembro também ameaçou impor tarifas aos países que não impedirem o fluxo de migrantes que tentam chegar aos Estados Unidos.
"No primeiro dia da minha administração, rescindirei a escandalosa ordem executiva do pilantra Joe", disse ele em Phoenix, no estado do Arizona, durante seu primeiro ato de campanha após ser declarado culpado de cerca de trinta delitos penais por falsificação de registros contábeis para encobrir o pagamento realizado a uma ex-estrela pornô para comprar seu silêncio.
"Colocarei um fim a todas e cada uma das políticas de fronteiras abertas da administração Biden", acrescentou.
Trump afirmou que a ordem de seu rival é "pró-invasão, pró-tráfico de crianças... pró-narcotraficantes". O magnata imobiliário repete constantemente que os migrantes são responsáveis por boa parte dos crimes cometidos nos Estados Unidos, uma afirmação que não tem sustentação em dados oficiais ou acadêmicos.
Segundo as últimas pesquisas, os americanos consideram a migração um dos principais temas para decidir seu voto nas eleições presidenciais, nas quais Biden e Trump deverão buscar a reeleição.
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O democrata, em uma tentativa de atrair votos daqueles que consideram sua posição branda nesse tema, emitiu nesta semana uma ordem executiva que fecha a entrada de migrantes irregulares quando ultrapassarem 2.500 solicitações de asilo em um dia, uma medida que se manterá até que esse número esteja abaixo de 1.500. A ordem também facilita a deportação de pessoas para o México.
Biden recebeu críticas de vários setores pela guinada em sua política migratória, amparada na mesma lei que Trump usou quando era presidente para proibir a entrada de cidadãos de países muçulmanos.
Trump adiantou que tomará medidas econômicas contra os países que não fizerem nada para impedir o fluxo de migrantes, majoritariamente das Américas Central e do Sul, mas também da China e do Oriente Médio.
"Temos um tremendo poder econômico... se a China ou algum outro país está se comportando mal, temos algo chamado tarifas", disse.
"Vamos ser duros e, se um país não se comportar, vamos impor tarifas", acrescentou, sem dar detalhes sobre a magnitude desses encargos.
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