O general Juan José Zuñiga, responsável pela tentativa de golpe de Estado na Bolívia, foi preso na noite desta quarta-feira (26/5). A prisão foi determinada pela Procuradoria-Geral do país, de acordo com a TV Estatal.
Zúñiga foi capturado na entrada da sede do Estado-Maior, em La Paz. O militar foi encaminhado para o edifício da Procuradoria-Geral da Bolívia.
A prisão enfraquece ainda mais o movimento golpista na Bolívia. Após pressão de populares, que marcharam na Praça Murillo, sede do governo, em La Paz, militares começaram a recuar e deixar o local.
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Mais cedo, Juan José Zúñiga anunciou à imprensa a tentativa de golpe. "A mobilização de todas as unidades militares busca expressar descontentamento com a situação do país", disse.
O militar chegou ao Palácio Quemado em um tanque de guerra e exigiu "mudança de gabinete". Vídeo feito pela TV estatal mostra momento em que um blindado do Exército é usado para tentar arrombar um portão do palacial presidencial.
El levantamiento antidemocrático de algunas unidades del Ejército de Bolivia, solo merecen el más enérgico repudio.
— Alberto Fernández (@alferdez) June 26, 2024
Mi respaldo incondicional al presidente Luis Arce y convoco a la defensa firme de la democracia. No permitamos que la voluntad del pueblo sea avasallada. Fuerza… pic.twitter.com/20lbVoCji4
Arce troca comando das Forças Armadas
O presidente da Bolívia, Luis Arce, trocou o comando das Forças Armadas do país e destituiu Juan José Zúñiga do cargo. O nomeado para ocupar o posto de Zúñiga é o general José Wilson Sánchez Velázquez.
O comando da Aeronáutica passou a ser do general Zabala Álvarez, e o da Marinha foi repassado para o vice-almirante Renán Wilson Guardia Ramírez.
José Sánchez, em seu primeiro comunicado como comandante do Exército, ordenou a retirada das tropas militares das ruas. “Ninguém quer ver a imagem que estamos vendo nas ruas, ninguém”, afirmou.
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