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AMÉRICA DO SUL

Presidente da Bolívia denuncia golpe de Estado no país

"A democracia deve ser respeitada", escreveu o presidente Luis Arce na rede social X

O presidente boliviano Luis Arce em discurso durante a celebração do solstício de inverno e do Ano Novo dos povos indígenas andinos em 21 de junho -  (crédito: AIZAR RALDES/AFP)
O presidente boliviano Luis Arce em discurso durante a celebração do solstício de inverno e do Ano Novo dos povos indígenas andinos em 21 de junho - (crédito: AIZAR RALDES/AFP)

Luis Arce, o presidente da Bolívia, denunciou nesta quarta-feira (26/6) "mobilizações irregulares" de militares, enquanto tropas e tanques se posicionavam em frente da sede do governo, em La Paz. O alerta foi feito por ele no X, antigo Twitter. 

"Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada", escreveu o presidente na rede social X.

O general do Exército, Juan José Zúñiga, anunciou à imprensa a execução de um golpe de estado contra o governo do presidente Luis Arce, pouco depois da publicação do presidente nas redes sociais. A Praça Murillo, sede do governo, foi tomada por militares.

"A mobilização de todas as unidades militares busca expressar descontentamento com a situação do país", disse Zúñiga. O comandante do Exército chegou ao Palácio Quemado em um tanque de guerra e exigiu "mudança de gabinete". 

  • Tropas militares pulverizam pessoas com gás lacrimogêneo em frente ao Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024.
    Tropas militares pulverizam pessoas com gás lacrimogêneo em frente ao Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024. AIZAR RALDES/AFP
  • Tropas militares disparam gás lacrimogêneo contra pessoas do lado de fora do Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024.
    Tropas militares disparam gás lacrimogêneo contra pessoas do lado de fora do Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024. AIZAR RALDES/AFP
  • Tropas militares são posicionadas em frente ao Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024.
    Tropas militares são posicionadas em frente ao Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024. AIZAR RALDES/AFP
  • Tropas militares em veículos blindados são vistas nos arredores da Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024.
    Tropas militares em veículos blindados são vistas nos arredores da Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024. AIZAR RALDES/AFP
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Repercussão

O ex-presidente Evo Morales se pronunciou dizendo que "um golpe de Estado está sendo gestado na Bolívia", pela mobilização anormal de tanques e tropas na frente da sede do governo.

"Gesta-se o Golpe de Estado. Neste momento, pessoal das Forças Armadas e tanques se mobilizam na Praça Murillo", disse ele no X. "Convocamos uma Mobilização Nacional para defender a Democracia frente ao golpe de Estado que é gestado e liderado pelo general" Juan José Zuñiga, comandante do exército, declarou em outra mensagem na rede social.

Quem também se pronunciou foi a Organização dos Estados Americanos (OEA), que disse, por intermédio do secretário-geral da entidade, Luis Almagro, que a OEA "não tolerará qualquer forma de violação da ordem constitucional" na Bolívia. 

"Expressamos nossa solidariedade ao presidente Luis Arce Catacora. A secretaria-geral da OEA não tolerará qualquer forma de quebra da ordem constitucional legítima na Bolívia, nem em qualquer outro lugar", disse Almagro em Assunção, onde ocorre até sexta-feira (28) a assembleia geral da organização.

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postado em 26/06/2024 17:02 / atualizado em 26/06/2024 18:16