A sonda chinesa Chang’e-6 retornou nesta terça-feira (25/6) à Terra com as primeiras amostras já coletadas do lado oculto da Lua, uma conquista que permitirá uma compreensão melhor da história do satélite.
Após 53 dias, o módulo “pousou com sucesso” na região norte da Mongólia, no norte da China, pouco depois das 14h (horário local), de acordo com a emissora estatal CCTV.
"Às 14H07 (3H07 de Brasília), o módulo de retorno Chang'e-6 pousou "em uma área do deserto na região da Mongólia Interior, norte de China, e "tudo funciona de maneira normal", anunciou a agência espacial chinesa CNSA em um comunicado.
A missão é um marco de estabelecer o país como uma potência espacial dominante e ocorre no momento em que vários países, incluindo os Estados Unidos, também intensificam seus próprios programas de exploração lunar.
Pequim planeja enviar astronautas à Lua até 2030 e construir uma base de investigação no polo sul lunar, região onde a Nasa, agencia espacial norte-americana, também pretende instalar uma base.
Se tudo ocorrer como o planejado, a Chang’e-6 deve ter retornado a Terra com 2 kg de poeira lunar e rochas do outro lado lunar, que serão analisadas por pesquisadores.
As amostras foram coletadas usando uma broca e um braço robótico em um local dentro da extensa bacia do Polo Sul-Aitken, uma cratera de impacto formada há cerca de 4 bilhões de anos no outro lado da Lua.
A missão já fez história ao aterrissar com sucesso no lado oposto da Lua, onde foi possível visualizar as primeiras imagens do pouso. Conforme noticiário chinês, o módulo ascendente da sonda Chang'e-6 "decolou da superfície lunar", e entrou com sucesso em uma órbita predefinida ao redor da Lua. Essa foi a primeira nave que conseguiu decolar com sucesso do lado "escuro" da Lua.
A China é o único país a conseguir um pouso suave no lado mais distante da Lua. A Ranger 4 da Nasa foi a primeira espaçonave a pousar no lado oposto da Lua em 1962, mas foi um pouso forçado e não conseguiu enviar nenhum dado para a Terra.
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