Imigração

Macron critica esquerda por promover programa pró-imigração na França

Macron convocou essas eleições em 9 de junho, apenas uma hora após o fechamento das eleições legislativas europeias nas quais o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) venceu com 31,37% dos votos, quase o dobro da centro-direita do presidente

Até o momento, essa aliança não nomeou um candidato a primeiro-ministro -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Até o momento, essa aliança não nomeou um candidato a primeiro-ministro - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O presidente francês, Emmanuel Macron, acusou, nesta terça-feira (18), a coalizão de esquerda Nova Frente Popular de promover um programa pró-imigração e de ser um mero "acordo de aparato" com vistas às eleições legislativas antecipadas de 30 de junho e 7 de julho.

Macron convocou essas eleições em 9 de junho, apenas uma hora após o fechamento das eleições legislativas europeias nas quais o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) venceu com 31,37% dos votos, quase o dobro da centro-direita do presidente.

A extrema direita também parte como favorita para esta nova consulta, enquanto a oposição de esquerda superou suas divergências e se apresenta sob o nome de Nova Frente Popular, unindo de social-democratas até formações anticapitalistas radicais.

Até o momento, essa aliança não nomeou um candidato a primeiro-ministro.

"Não é um programa social-democrata [...], é um programa totalmente imigracionista", afirmou Macron, referindo-se a posturas que veriam com benevolência a chegada massiva de imigrantes à França.

"Fizeram um acordo de aparato, que não se sustentará", porque a esquerda atual é "muito mais diversa" do que nas eleições presidenciais de 2022 e "não tem chefe", assegurou o presidente.

Segundo uma pesquisa Ifop publicada na segunda-feira, a extrema direita do RN lidera com 33% de intenção de voto, seguido pela Nova Frente Popular (28%) e a aliança centrista de Macron (18%).

Essa aliança, "Juntos pela República", busca se posicionar como a alternativa contra os "extremos".

As pesquisas mostram um cenário incerto que pode levar o presidente, cujo mandato termina em 2027, a ter que compartilhar o poder com um governo de outro pensamento político em uma coabitação.

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postado em 18/06/2024 22:00 / atualizado em 18/06/2024 22:00