Lisboa — As bocas de urnas mostram que a extrema direita teve crescimento expressivo e conquistou uma parcela importante dos 720 assentos do Parlamento Europeu nas eleições encerradas neste domingo (09/06).
Na França, o partido de Marine Le Pen conquistou, segundo as projeções, 32,4% dos votos contra 15,2% da legenda do presidente Emmanuel Macron.
Na Alemanha, o conservador União Democrata Cristão (CDU), também segundo as estimativas dos institutos de pesquisas, ficou com 29,6% da preferência do eleitorado e a extremista Alternativa para a Alemanha (AfD), com 16,3%.
A extrema direita foi beneficiada, nas duas principais economias europeias, do enorme descontentamento da população com a economia, sobretudo, por causa da inflação que disparou em meio à pandemia do novo coronavírus e se agravou depois da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Outro fator que tem empurrado os europeus para o colo da ultradireita é a crise migratória.
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O sentimento anti-imigração se espalhou por toda a Europa, devido às dificuldades que vários países enfrentam para lidar com esse tema.
Na Espanha, as bocas de urna apontam empate entre as duas principais legendas, o Partido Popular (PP), com 32% dos votos, e o Partido Socialista (PSoe), com 30%.
Em Portugal, com um alto índice de abstenção, cerca de 58%, a disputa está entre a Aliança Democrática e o Partido Socialista. Ainda não há projeções, pois as votações estão em aberto (as urnas fecham às 20h de Portugal e às 16H, do Brasil).
Segundo especialistas, o avanço da extrema direita provocará mudanças profundas na União Europeia.
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