A China iniciou, nesta quinta-feira (23/5), dois dias de exercícios militares ao redor da ilha de Taiwan. A iniciativa foi apresentada como uma "forte punição pelos atos separatistas" no território após a cerimônia de posse de um novo presidente detestado por Pequim, Lai Ching-te.
Os exercícios com o envio de aviões e navios militares para os arredores de Taiwan para testar as "capacidades de combate". "As forças de independência de Taiwan ficarão com as cabeças quebradas e sangue escorrendo após a colisão com a grande tendência de a China alcançar a unificação completa", disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin. O Ministério da Defesa de Taiwan afirmou que detectou 49 aviões chineses.
Considerado pelas autoridades chinesas como um "separatista perigoso", Lai Ching-te assumiu na última segunda-feira (20/5) o cargo de presidente com um discurso em que celebrou a democracia de Taiwan e fez um apelo para que a China a "acabe com a intimidação política e militar".
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Segundo ele, a China, que reivindica a soberania sobre a ilha governada de maneira separada desde 1949, nunca descartou a possibilidade de recorrer à força para tomar o controle do território.
O professor e analista Zhang Chi, da Universidade Nacional de Defesa de Pequim, comentou no canal de televisão estatal CCTV que os exercícios pretendem "impor um bloqueio econômico à ilha, estrangulando" o porto de Kaohsiung, que tem um interesse estratégico para Taiwan.
Os acontecimentos nesta região podem ter consequências econômicas importantes: 70% da produção mundial de chips procede de Taiwan e mais de 50% dos contêineres de mercadorias atravessam o Estreito que separa esta ilha da China continental.
Com informações da AFP
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