GEOPOLÍTICA

Republicanos forçam democratas a tomar partido na política de Biden para Israel

O projeto de lei, que foi aprovado por 224 a 187 votos, não tem futuro no Senado, mas tinha a intenção de traçar linhas políticas, fazendo com que os democratas ficassem do lado de Biden ou de seus críticos

Os republicanos da Câmara dos Representantes dos EUA trabalharam para evidenciar as divisões democratas e a incerteza sobre a guerra em Gaza, aprovando um projeto de lei nesta quinta-feira, 16, que forçaria o governo americano a retomar os envios pausados de armas para Israel.

A votação ocorreu em resposta à decisão do presidente Joe Biden de suspender um carregamento de bombas de 2 mil libras e 500 libras, devido a preocupações de que elas seriam lançadas em áreas densamente povoadas durante um ataque israelense planejado a Rafah. Outros carregamentos prosseguiram: dias depois de suspender a remessa de bombas, o governo disse que estava avançando com mais de US$ 1 bilhão em novas armas para Israel, incluindo munição para tanques, veículos táticos e projéteis de morteiro.

O projeto de lei, que foi aprovado por 224 a 187 votos, não tem futuro no Senado, mas tinha a intenção de traçar linhas políticas, fazendo com que os democratas ficassem do lado de Biden ou de seus críticos. No entanto, o partido se manteve firme, com apenas 16 democratas votando a favor do projeto, ao lado de quase todos os republicanos. Três republicanos se juntaram à maioria dos democratas e votaram não.

As pesquisas mostram que os americanos estão divididos em relação a Israel e em relação à maneira como o presidente Biden lida com o conflito. Em uma pesquisa recente da ABC News/Ipsos, 38% disseram que os EUA estavam fazendo muito para ajudar Israel, um aumento de 7 pontos porcentuais em relação ao início deste ano, enquanto 20% disseram que os EUA não estavam ajudando o suficiente e 40% consideraram a quantidade de apoio mais ou menos correta.

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