As chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul nos últimos dias deixam um rastro de destruição e mortes.
Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado, o evento extremo já causou 83 óbitos e deixou 129 mil desalojados.
O próprio governo gaúcho classifica a situação como "a maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul".
Mas qual a dimensão da tragédia? Como o volume das chuvas e a extensão das enchentes se comparam às médias históricas? E quais as regiões mais afetadas até o momento?
A seguir, você confere cinco gráficos produzidos pela BBC News Brasil que ajudam a entender o tamanho do problema que acomete o RS.
Num decreto publicado em 5 de maio, o governo do Rio Grande do Sul reconheceu "estado de calamidade pública" em 336 municípios.
"Os eventos meteorológicos são considerados de grande intensidade, classificados como desastres de Nível 3, que é caracterizado por danos e prejuízos elevados", diz a nota.
O decreto ainda detalha que "as situações de risco enfrentadas pelos municípios do Estado em função desses eventos meteorológicos estão ocasionando danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, com a destruição de moradias, estradas e pontes, assim como o comprometimento do funcionamento de instituições públicas locais e regionais e a interdição de vias públicas".
As chuvas que assolam o Estado superam — de longe — as médias históricas esperadas para esse período do ano.
A cidade de Santa Maria, por exemplo, registrou 533,3 milímetros de chuva em 10 dias, entre 26 de abril e 5 de maio.
O número é 3,5 vezes maior do que o esperado para o mês de abril inteiro.
Taxas parecidas podem ser observadas em algumas das principais regiões do Estado, como você confere abaixo.