Oriente Médio

Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Israel tem pedidos de libertação dos reféns em Gaza

Em uma marcha menos festiva do que o habitual, as cores do arco-íris se misturaram com as fitas amarelas que se tornaram um símbolo de apoio às famílias dos reféns

Pessoas marcham em Jerusalém em 30 de maio de 2024 durante a Parada do Orgulho anual de Jerusalém e em solidariedade aos israelenses mantidos reféns por militantes palestinos do Hamas em Gaza desde os ataques de 7 de outubro. -  (crédito:  Menahem KAHANA / AFP)
Pessoas marcham em Jerusalém em 30 de maio de 2024 durante a Parada do Orgulho anual de Jerusalém e em solidariedade aos israelenses mantidos reféns por militantes palestinos do Hamas em Gaza desde os ataques de 7 de outubro. - (crédito: Menahem KAHANA / AFP)

Milhares de pessoas se reuniram nesta quinta-feira (30) em Jerusalém para a Marcha do Orgulho, onde a defesa dos direitos LGBTQIA+ se misturou com apelos à libertação dos reféns israelenses em poder do Hamas na Faixa de Gaza.

Em uma marcha menos festiva do que o habitual, as cores do arco-íris se misturaram com as fitas amarelas que se tornaram um símbolo de apoio às famílias dos reféns.

"Está mais triste. Não parece uma festa, não há música, há cartazes pelos reféns por todo lado e as pessoas estão mais deprimidas", comentou a estudante de biologia Shlomo Gedzel, de 23 anos.

"Queremos ser iguais sem morrer!", gritavam os participantes, referindo-se a uma lei aprovada em novembro que concede aos companheiros de soldados mortos em combate o direito de receber uma pensão por viuvez. Até então, casais LGBTQIA+ não tinham acesso a esse pagamento, em um país onde o casamento homoafetivo não é legalizado, mas que reconhece as uniões oficializadas no exterior.

A reivindicação ressurgiu após a morte do soldado Sagi Golan, em 7 de outubro, durante o ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, que desencadeou o conflito atual.

Golan morreu lutando contra combatentes do Hamas, uma semana antes de se casar com Omer Ohana, com quem viveu por seis anos. Ohana não foi reconhecido como viúvo, mas iniciou uma luta que resultou na aprovação dessa emenda.

"Agora existe igualdade após a morte. Queremos igualdade em vida", disse à AFP o pai do soldado morto, Gilad Golan, que participou da passeata.


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postado em 30/05/2024 23:00