A polícia francesa invadiu a histórica Universidade de Sorbonne, em Paris, nesta segunda-feira (29) para expulsar ativistas pró-palestinos que queriam acampar lá dentro, confirmou um jornalista da AFP.
Cinquenta manifestantes foram levados para o lado de fora do local histórico de Sorbonne, no Quartier Latin (bairro latino) de Paris, e levados em grupos pelas forças de segurança.
"A evacuação foi muito brutal, com uma dúzia de pessoas arrastadas pelo chão, mas nenhuma prisão", disse Rémi, um estudante de 20 anos, que fazia parte dos manifestantes.
A delegacia de Paris falou de uma "operação que durou apenas alguns minutos" e que "foi realizada com calma e sem incidentes".
São raras as intervenções policiais neste local simbólico de revoltas estudantis.
A universidade Paris 1-Panthéon Sorbonne disse à AFP que fechou as portas à tarde "por decisão da reitoria".
Isso ocorre dias depois de estudantes ocuparem durante a noite a universidade de elite Sciences Po Paris, exigindo uma "clara condenação das ações de Israel" em Gaza.
Mas as organizações estudantis que convocam estes protestos enfrentam os esforços do governo francês para desativá-los rapidamente para evitar uma mobilização como nos Estados Unidos.
O gabinete do primeiro-ministro, Gabriel Attal, indicou que ele "pediu que a Sorbonne fosse evacuada rapidamente", como solicitou "no caso da Sciences Po na sexta-feira".
O ataque sangrento do movimento islamista Hamas em solo israelense, em 7 de outubro, e a resposta mortal de Israel na Faixa de Gaza tensionam a atmosfera na França, que é o lar da primeira comunidade judaica da Europa e de milhões de muçulmanos.
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