OBITUÁRIO

Último sobrevivente do ataque a Pearl Harbor morre aos 102 anos nos EUA

O oficial tinha 20 anos quando ajudou a resgatar os colegas da Marinha em 7 de dezembro de 1941, depois que a frota dos Estados Unidos no Pacífico foi alvo de ataque

Lou Conter, último sobrevivente do USS Arizona — navio que afundou após o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor, morreu aos 102 anos. Lou faleceu na segunda-feira (1º/4), em Grass Valley, na Califórnia. A causa da morte não foi divulgada.

O oficial tinha 20 anos quando ajudou a resgatar os colegas da Marinha em 7 de dezembro de 1941, depois que a frota dos Estados Unidos no Pacífico foi alvo de ataque surpresa.

O bombardeio, que empurrou os Estados Unidos para a Segunda Guerra Mundial, destruiu a maior parte da frota na base naval do Havaí e matou mais de 2 mil norte-americanos.

"Esta é uma perda comovente. Lou Conter personificou o que significava pertencer à Geração Grandiosa, americanos cujo valor coletivo, conquistas e sacrifícios salvaram o nosso país da tirania. Ele teve uma carreira exemplar na Marinha e foi firme em implorar às escolas, aos pais e aos americanos comuns que sempre se lembrassem de Pearl Harbor", disse Aileen Utterdyke, presidente e diretora-executiva da Pacific Historic Parks, organização sem fins lucrativos que homenageia os mortos no ataque.

Conter tornou-se piloto na Segunda Guerra Mundial e foi derrubado duas vezes, inclusive em frente à costa de Nova Guiné, onde ele e sua tripulação desembarcaram em águas infestadas de tubarões.

Além disso, como oficial de inteligência, ele voou em missões de combate na Coreia e criou o primeiro programa SERE (Sobrevivência, Evasão, Resistência e Extração) da Marinha, que ensina a sobreviver e "retornar com honra" em cenários de sobrevivência.

Quando Lou completou 100 anos, ele deu as asas de piloto que ganhou na Segunda Guerra Mundial ao seu sobrinho-neto de 29 anos, o capitão dos Fuzileiros Navais dos EUA Ray Daniel Hower. O oficial também foi assessor militar dos presidentes Dwight D. Eisenhower, John F. Kennedy e Lyndon B. Johnson.

*Com informações da AFP

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