O exército israelense classificou como "infundada", nesta terça-feira (23), a acusação de ter enterrado centenas de palestinos em um hospital em Gaza e afirmou que havia exumado corpos para verificar se havia reféns entre eles, antes de voltar a sepultá-los.
"As acusações de que as Forças de Defesa de Israel (FDI) enterraram corpos de palestinos são infundadas", afirmou o exército.
"Durante sua operação no hospital Nasser", em Khan Yunis, "para tentar localizar reféns e desaparecidos, foram cuidadosamente examinados corpos enterrados por palestinos (...) e apenas nos locais onde os serviços de inteligência indicavam a possível presença de reféns", acrescentou o exército, garantindo que durante todo o procedimento "a dignidade dos falecidos foi preservada".
"Os corpos examinados, por não serem de reféns, foram devolvidos aos seus lugares", explicou.
A Proteção Civil da Faixa de Gaza disse na segunda-feira que desde sábado cerca de 200 cadáveres haviam sido exumados e enterrados pelas forças israelenses em valas comuns no hospital Nasser, no sul do território palestino. Alguns corpos estariam com as mãos amarradas nas costas.
A ONU então exigiu uma investigação internacional sobre essas denúncias.
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Os hospitais de Gaza foram frequentemente alvos de operações militares israelenses desde o início da guerra, por serem considerados bases do movimento islamista Hamas.
O conflito começou em 7 de outubro, com uma incursão de militantes islamistas que mataram cerca de 1.170 pessoas no sul de Israel e sequestraram cerca de 250, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
Após uma troca de reféns por prisioneiros palestinos durante uma trégua de uma semana no final de novembro, 129 pessoas permanecem cativas em Gaza, das quais 34 teriam morrido, segundo autoridades israelenses.
A ofensiva israelense deixou até o momento 34.183 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo Hamas desde 2007.
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