As agências de notícias estatais do Irã reportaram um série de ataques por mísseis na cidade de Isfahan, na região central do país, na noite desta quinta-feira (18/4), no horário de Brasília. Oficiais do governo dos Estados Unidos confirmaram para as emissoras estadunidenses ABC, CNN e CBS, que o ataque teve autoria de Israel.
A televisão estatal do Irã relatou que pelo menos três "fortes explosões" foram ouvidas perto de uma base militar na cidade de Isfahan. A agência oficial de notícias Irna informou que as autoridades ativaram os sistemas de defesa aérea em várias cidades do país.
A cidade iraniana de Isfahan abriga instalações nucleares, no entanto, de acordo com a mídia estatal, os alojamentos não foram atingidos.
De acordo com as emissoras estadunidenses, Israel teria informado ao governo dos Estados Unidos, nesta quinta-feira, que planejava uma retaliação contra o Irã em até 48 horas. No entanto, até o momento não há confirmações oficiais de nenhum dos países envolvidos.
O ataque de Israel seria uma retaliação após o Irã ter lançado mísseis e drones contra o território israelense, a maioria dos quais foram interceptados, no último dia 13 de abril.
Entenda o conflito
O conflito começou com um bombardeio a embaixada do Irã, na Síria, que o país atribuiu a Israel, em 1º de abril. O ataque matou Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, além de outros seis membros da Guarda Revolucionária, entre eles mais dois comandantes.
Um dia depois do ataque, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, falou em retaliação e afirmou que Israel iria se arrepender do ataque.
Em 13 de abril, o Irã atacou Israel com mais de 300 drones e mísseis de cruzeiro. Segundo as Forças de Defesa de Israel, 99% dos ataques foram interceptados.
A relação entre os dois países vem piorando há anos. Os dois cortaram relações em 1979 após a Revolução Islâmica. Alguns anos depois, Israel invadiu o Líbano e o Irã apoiou a criação do Hezbollah. O grupo é acusado de fazer diversos ataques contra judeus e israelenses e de ser aliado do Hamas. As tensões voltaram a crescer na região após o início do conflito entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro de 2023.
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