O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta segunda, 25, que os homens armados que mataram 139 pessoas numa sala de concertos nos subúrbios de Moscou, na última sexta-feira, são "islâmicos radicais", mas repetiu a sua acusação de que a Ucrânia poderia ter desempenhado um papel, apesar das fortes negativas de Kiev.
Dois dias depois de o grupo afiliado ao Estado Islâmico no Afeganistão ter assumido a responsabilidade pelo ataque, Putin reconheceu durante uma reunião com funcionários do governo que as mortes foram cometidas por extremistas "cuja ideologia o mundo islâmico tem lutado durante séculos".
Putin, que declarou no fim de semana que os quatro agressores foram presos enquanto tentavam fugir para a Ucrânia, disse que os investigadores não determinaram quem ordenou o ataque, mas que era necessário descobrir "por que é que os terroristas depois de cometerem o seu crime tentaram fugir para a Ucrânia e quem os esperava lá."
Apesar de todos os sinais que apontam para o Estado Islâmico, Putin continuou a sugerir o envolvimento ucraniano - uma afirmação que a Ucrânia rejeitou categoricamente, acusando Putin de tentar angariar fervor nos seus esforços de guerra.
"Estamos a ver que os EUA, através de vários canais, estão tentando convencer os seus satélites e outros países do mundo de que, de acordo com a sua inteligência, não há alegadamente qualquer vestígio de Kiev no ataque terrorista de Moscou - que o sangrento ato terrorista foi cometido por seguidores do Islã, membros do grupo Estado Islâmico", disse Putin durante a reunião com autoridades responsáveis pela aplicação da lei.
Ele acrescentou que "aqueles que apoiam o regime de Kiev não querem ser cúmplices do terror e patrocinadores do terrorismo, mas muitas questões permanecem".